
A Azul (AZUL4), que está em recuperação judicial, anunciou na sexta-feira (28) que teve um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de R$ 716,4 milhões em outubro de 2025, o que representa um crescimento de 16,7% frente aos R$ 613,8 milhões de setembro, segundo fato relevante.
A receita líquida total da companhia somou R$ 1,9006 bilhão, ante R$ 1,831 bilhão do mês anterior.
A margem Ebitda ajustada passou de 33,5% para 37,7%.
A aérea encerrou outubro com R$ 1,848 bilhão em caixa e equivalentes, além de R$ 2,817 bilhões em contas a receber, de acordo com o InfoMoney.
O resultado operacional da companhia alcançou R$ 484,4 milhões em outubro, com margem operacional de 25,5%.
Executivos da Azul são acusados de divulgar projeções fora das regras
O CEO, John Rodgerson, e o CFO, Alexandre Malfitani, da Azul foram acusados pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) de divulgar projeções futuras sem respeitar as devidas regras do mercado de capitais do Brasil.
Segundo o jornal Valor Econômico, a acusação está num processo administrativo sancionador, ou seja, já é uma acusação formulada, não apenas uma investigação.
A investigação foi instaurada pela SEP (Superintendência de Relações com Empresas), que teve como um dos objetivos a análise de fatos relacionados à divulgação de projeções por Rodgerson à imprensa em 29 de agosto de 2024, na qual o CEO informou receita esperada de R$ 20 bilhões para o exercício em curso e a possibilidade de R$ 1 bilhão de receita adicional em 2025 em razão do seu plano estratégico.
No período, a Azul estava sob forte pressão por causa da visão do mercado de que uma recuperação judicial nos EUA seria a única alternativa para a companhia. No entanto, a diretoria da empresa negou por diversas vezes entrar no “Chapter 11”.
Apesar das negativas, o grupo acabou cedendo e buscando a proteção contra os credores na justiça norte-americana em maio deste ano.