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A companhia aérea azul (AZUL4) teve um lucro líquido de R$62,4 milhões no quarto trimestre de 2024. O saldo, reverteu um prejuízo ajustado de R$270,6 milhões de um ano antes. As informações são do portal InfoMoney.
O lucro no período antes da Ebitda (juros, impostos, depreciação e amortização, da sigla em inglês) atingiu recorde histórico de R$1,951 bilhão. O acréscimo foi de 33% em relação ao mesmo período do ano anterior. A margem Ebitda foi seis pontos percentuais acima da registrada no 4T23.
O tráfego de passageiros durante o trimestre aumentou 16,9%, acima da capacidade e resultando em uma alta taxa de ocupação com 84,2%. O volume garantiu um crescimento de 4,2p. p em relação ao mesmo período de 2023.
Liquidez e alavancagem
As altas da companhia foram justificadas por um ambiente de demanda saudável, receitas robustas das unidades de seus negócios e operações para aumento na capacidade das aeronaves.
Contudo, o endividamento líquido da Azul atingiu R$ 29,579 bilhões no final do quarto trimestre de 2024, um crescimento de 52,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A alavancagem da companhia foi de 4,9 vezes, razão feita entre a dívida liquida sobre o Ebitda. Em nota, a empresa atribuiu o resultado “principalmente devido à desvalorização do real frente ao dólar neste ano, que impactou nossa dívida denominada em dólar”, explica a Azul.
Azul (AZUL4) conclui reestruturação financeira
A Azul (AZUL4) informou que concluiu suas obrigações com os detentores de seus títulos de dívida e com suas ofertas de troca anteriormente anunciadas, com isso, a empresa finalizou sua reestruturação financeira.
Os processos de recuperação preveem a extinção de quase US$1,6 bilhão em dívidas do balanço patrimonial e adicional de US$525 milhões em capital, como informou a companhia em nota ao mercado.
Como apurou o portal EInvestidor, com a redução da dívida, as transações da Azul aumentam significativamente o caixa da empresa, diminuindo o pagamento de juros em R$1 bilhão em 2025.
Um acordo entre a Azul em conjunto com arrendadores e fabricantes prevê a eliminação da obrigatoriedade de emitir ações em uma quantia totalizada de US$557 milhões, em troca de 94 milhões de novas ações preferenciais da Azul.