A Azul (AZUL4) registrou um recorde histórico ao transportar mais de 2,7 milhões de passageiros em outubro, o maior número desde o início de suas operações em 2008. Foram realizados 26 mil voos para 146 destinos durante o mês.
A companhia aérea prevê um crescimento contínuo e espera ampliar ainda mais o volume de passageiros nos próximos meses. Com a chegada de mais oito aeronaves até o final de 2024, a Azul (AZUL4) projeta um aumento de 15% na oferta de assentos no último trimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2023.
Em outubro, o número de passageiros transportados pela Azul foi 13,2% superior à média mensal de 2024. Comparado ao mesmo período de 2023, a alta foi de 18,5%. A taxa de ocupação dos voos também se destacou, alcançando 85% — acima da média de 80% registrada ao longo dos dez meses deste ano.
“Esses números refletem nossa trajetória de expansão sustentável e a confiança de nossos parceiros e do mercado”, afirmou o CEO da Azul, conforme reportado pelo “Broadcast”.
Além disso, a companhia anunciou na semana passada a conclusão de um acordo com seus arrendadores de aeronaves e com detentores de títulos, garantindo um financiamento adicional de até US$ 500 milhões, reforçando sua estrutura financeira para continuar expandindo.
Azul (AZUL4): Fitch corta nota de crédito de ‘CCC’ para ‘CC’
As notas de crédito em moedas estrangeiras e local da Azul (AZUL4) foram rebaixadas pela Fitch Ratings de “CCC” para “CC”. A agência de classificação de risco também reduziu a nota nacional de “CCC(bra)” para “CC(bra)”.
Conforme os analistas Debora Jalles, Francisco Mercadal e Martha Rocha, o resultado do refinanciamento recentemente fechado com credores e fornecedores provavelmente será uma oferta de troca de dívida e solicitações de consentimento.
Mesmo não havendo um desconto imediato na dívida ou extensão do vencimento, os detentores dos títulos que não o aceitarem devem enfrentar termos mais desfavoráveis, afirmaram os analistas, segundo o “Valor”.
A avaliação da equipe da Fitch é que o acordo funciona como forma de evitar um calote. “A Fitch considera este cenário uma troca de dívida em situação crítica”, disse a agência de classificação de riscos.
Detentores de títulos que não aderirem ao acordo terão retorno mais baixo com a conversão em capital de parte da dívida.