Reforço de caixa

B3 (BBAS3): Conselho aprova a emissão de R$ 1,7 bi em debêntures

A operadora da Bolsa brasileira também revisou sua projeção de nível de endividamento em 2024 de 2 vezes para 2,3 vezes

B3
Foto: Divulgação

O Conselho de Administração da B3 (B3SA3), operadora da Bolsa de Valores brasileira, aprovou a realização da nona emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, em série única, montante total de R$ 1,70 bilhão.

As debêntures terão prazo de 6 anos com amortizações em duas parcelas iguais em outubro de 2029 e outubro de 2030.

De acordo com o comunicado, diante de um cenário positivo para captação de recursos no mercado de renda fixa local, a B3 decidiu reforçar sua posição de caixa com os recursos da emissão das debêntures que serão utilizados para gestão ordinária dos negócios da companhia.

A B3 também revisou sua projeção de nível de endividamento em 2024 de 2 vezes para 2,3 vezes.

B3: BofA vê desaceleração de receitas e volume em setembro

Os dados operacionais divulgados pela B3 (B3SA3) na quarta-feira (9), apontam, segundo avaliação do BofA (Bank of America), para uma ligeira desaceleração das receitas e um volume médio diário de negociação em linha com as estimativas.

Conforme os analistas do banco, o crescimento das receitas da B3 foi pressionado, sobretudo, pelo mercado à vista de ações, ao passo que o crescimento do faturamento de financiamento e do mercado de balcão deverá continuar a um ritmo forte.

Mario Pierry e Antonio Ruette, analistas que assinaram o relatório do BofA, destacaram que o volume médio diário de negociação de ações na B3 ficou em linha com as estimativas, em R$ 23,3 bilhões, em um reflexo do ambiente de taxas de juros mais altas por mais tempo, segundo o “E-Investidor”.

No decorrer do terceiro trimestre, o volume implicou velocidade de giro de 126%, inferior aos 134% do segundo trimestre e do terceiro trimestre de 2023. 

Além disso, o BofA também indicou que a receita por contrato seguiu relativamente estável em relação ao mesmo período do ano anterior em R$ 1,48.

Diante desse quadro, os números implicam em um lucro líquido recorrente de R$ 1,2 bilhão e Ebitda de R$ 1,7 bilhão, que também vieram alinhados às expectativas.

“Os dados mostram que a B3 conseguiu diversificar com sucesso suas fontes de receita para o mercado de balcão e infraestrutura para financiamento, no entanto, as perspectivas de um ambiente de taxas mais altas por mais tempo devem continuar a pressionar o volume médio diário de ações e, consequentemente, o crescimento da receita total”, concluíram os profissionais.

A recomendação do BofA para os papéis da B3 (B3SA3) segue como neutra, com preço-alvo de R$ 13, o que representa um potencial de valorização de 21,7% sobre o fechamento de quarta-feira (9).


Acesse a versão completa
Sair da versão mobile