Foto: Divulgação Oi
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A B3 suspendeu as negociações com valores mobiliários da Oi nesta segunda-feira (10), à partir das 14h58. Mais cedo, a empresa teve falência decretada pela justiça do estado do Rio de Janeiro.

A medida da bolsa foi tomada com base no artigo 43 do Regulamento de Emissores e no artigo 83, inciso IV, do Regulamento de Negociação da bolsa, disse o Estadão Conteúdo, via Infomoney.

A B3 não detalhou o motivo da suspensão, mas informou que a medida está de acordo com as normas que permitem a paralisação de negócios para preservar a transparência e o bom funcionamento do mercado.

A controladora da bolsa também não informou se os papéis da operadora telefônica voltarão a ser negociados.

Oi (OIBR3) despenca mais de 14% após sinalizar risco de insolvência

As ações da Oi (OIBR3) desabaram na manhã desta segunda-feira (10), após a companhia alertar o mercado sobre a possibilidade de entrar em estado de insolvência. No fim da manhã, os papéis ordinários recuavam 14,2%, cotados a R$ 0,24, enquanto as preferenciais (OIBR4) caíam 10,3%, a R$ 4,18, entre as maiores baixas da B3.

A empresa e o gestor judicial Bruno Rezende informaram à 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro que a Oi pode estar incapacitada de arcar com o pagamento de passivos extraconcursais, isto é, dívidas contraídas fora do plano de recuperação judicial em vigor.

Segundo o documento, a situação operacional atual pode levar a companhia a descumprir o plano de recuperação ou a adotar medidas emergenciais para preservar caixa.

Rezende também solicitou à Justiça autorização para que a operadora mantenha suas atividades temporariamente, caso seja decretada a liquidação judicial, garantindo a continuidade dos serviços até a transição final.

O quadro negativo foi agravado pela notícia de que a Pimco (Pacific Investment Management Company), uma das principais credoras da tele, reduziu sua participação na Oi para 34,6%, o equivalente a 113,7 milhões de ações ordinárias.

A operadora, que passou por um dos maiores processos de recuperação judicial da história do país, segue enfrentando dificuldades para equilibrar fluxo de caixa e reestruturar suas dívidas bilionárias.