A publicação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) sobre o reajuste anual de medicamentos trouxe receios para empresas do setor farmacêutico listadas na B3 (B3SA3). Essas preocupações decorrem da possibilidade de o reajuste ficar abaixo da inflação em 2025.
O movimento ocorre após dados negativos que são utilizados no cálculo do indicador. O chamado “Fator X”, que mede os ganhos de eficiência ao longo do último ciclo, foi estabelecido em 2,45%.
Os papéis da DR Saúde, ex-Raia Drogasil (RADL3), despencaram durante a sessão, mas as quedas arrefeceram em meio aos fortes ganhos do Ibovespa nesta segunda-feira (27).
Na perspectiva do Itaú BBA (ITUB4), o ajuste de preços deste ano provavelmente ficará inferior à inflação acumulada nos últimos 12 meses até fevereiro de 2025. Isso contrasta com os últimos dois anos, quando os ajustes estiveram praticamente alinhados com a inflação acumulada.
“Tal cenário pode dificultar a capacidade dos players farmacêuticos sob nossa cobertura de entregar alavancagem operacional, especialmente no segundo semestre de 2025, pois esperamos que a inflação acelere ao longo do ano”, avaliaram analistas da casa, de acordo com o InfoMoney.
Estrangeiros injetam R$ 6,5 bi na B3 em um dia
O segmento secundário da B3 – operadora da Bolsa brasileira – recebeu R$ 6,5 bilhões em injeção de investidores estrangeiros, na última quinta-feira, dia 16 de janeiro. Esse segmento diz respeito às negociações de ações listadas, ou seja, sem que haja novas emissões.
Com isso, o fluxo de entrada de recursos estrangeiros na B3 foi bem mais expressivo que a retirada. Este se revelou o maior valor diário de aporte do grupo na B3 no período de um dia desde 2012, quando começou a série histórica, de acordo com dados do “Valor Data”.
Porém, naquele dia, o Ibovespa sofreu uma queda de 1,15%. Isto porque, na ocasião, os investidores institucionais (fundos de investimentos) compraram R$ 1,88 bilhão mais do que venderam de ações na bolsa brasileira na última quinta.