Rentabilidade em 13,2%

Banco Pan (BPAN4) lucra R$ 191 mi no 2T25, queda de 9%

O número de clientes da instituição chegou a 32 milhões, permanecendo praticamente estável em três meses

Banco PAN reporta lucro de R$ 191 milhões no 2T23
Banco PAN (BPAN4) / Foto: Divulgação

O Banco Pan (BPAN4) reportou lucro líquido ajustado de R$ 191 milhões no segundo trimestre de 2025, queda de 17% em relação ao trimestre imediatamente anterior e de 9% na comparação anual.

O número de clientes da instituição chegou a 32 milhões, permanecendo praticamente estável em três meses e registrando alta de 6% em um ano.

A carteira de crédito encerrou junho em R$ 57,8 bilhões, aumento de 5% no trimestre e de 18% em 12 meses. Desse total, 59% correspondem a operações de financiamento de veículos.

Resultados financeiros e estratégias do Banco Pan

O novo CEO do Pan, André Luiz Carlos — que assumiu o cargo em fevereiro — declarou que a queda no lucro decorreu da decisão de interromper a venda recorrente de carteiras ativas, prática adotada nos últimos anos. Segundo ele, sem essa mudança, a rentabilidade, que ficou em 13,2% no trimestre, teria sido quase 1 ponto percentual maior.

“Tomamos a decisão de não fazer mais cessão de crédito com base em três pontos: temos apresentado resultado operacional consistente, o que nos permite usar a cessão como opcionalidade, e não como prática recorrente; quando cedemos uma carteira, precisamos manter a estrutura de atendimento aos clientes — processos, pessoas, sistemas — e, ao não ceder, acumulamos mais receita e usamos essa estrutura de forma mais eficiente; por fim, mantendo o cliente aqui, ao longo do tempo teremos mais recorrência e maior engajamento”, explicou o executivo, em entrevista ao Valor.

Carlos — que veio do BTG, controlador do Pan — já havia sinalizado a intenção de estreitar a relação com o acionista, buscando sinergias e ampliando investimentos em tecnologia. Ele lembrou que, por integrar o conglomerado prudencial do BTG, o capital regulatório do Pan é calculado em conjunto com o do controlador. “Capital não é uma restrição de crescimento para nós”, afirmou. “Com essa decisão de não vender carteiras, estamos focando na consistência do banco no médio e longo prazos.”