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Bancos devem ter 4T24 robusto com atual ciclo de juros no Brasil

O bom desempenho dos bancos deve ocorrer principalmente na função do atual ciclo de alta de juros no Brasil

Foto: Canva
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O setor bancário é um dos queridinhos entre os segmentos avaliados pelas casas de análises. Na perspectiva de especialistas, bancos e ações de companhias do setor deverão apresentar um quarto trimestre robusto.

Esse bom desempenho dos bancos deve ocorrer principalmente na função do atual ciclo de alta de juros no Brasil.

“A projeção da Selic [taxa básica de juros] atingindo até 12% ao ano permite que os bancos se beneficiem de um aumento nas margens financeiras”, comentou o especialista em mercado e sócio da Matriz Capital, Anderson Santos.

Reforçando a visão positiva, a professora de gestão e negócios do Centro Universitário Módulo, Tcharla Bragantin, apontou que as estimativas indicam que os lucros do quarto trimestre “devem superar os R$ 26,6 bilhões do 3º trimestre deste ano”.

Essa entrega, além de potencializada pelo crescimento das operações de crédito, deve se beneficiar da diminuição da inadimplência.

“Este é um excelente momento para investidores que desejam entrar no setor bancário ou expandir suas carteiras de investimento”, afirmou Bragantin.

Em quais ações do setor bancário os investidores deverão ficar de olho?

Com o cenário positivo, especialistas apontaram alguns papéis que podem se destacar no quarto trimestre. Dentre eles está o queridinho entre os bancos, o Itaú (ITUB4).

O Itaú foi eleito como “Top Pick” do setor para diversas casas de análise, com preço-alvo chegando a superar os R$ 40,00.

“O Itaú é amplamente visto como o banco privado mais preparado para navegar em ambientes de alta volatilidade, graças à sua forte operação digital, uma base ampla de clientes e receitas variadas”, comentou Anderson Santos.

Além do Itaú, analistas apontam que os bancos estatais tendem a ser uma boa escolha para investir. “Os bancos públicos, como o Banco do Brasil e a Caixa, estão em uma posição mais confortável”, disse Polianne Almeida, especialista em finanças pessoais de empresários.

O Banco do Brasil (BBAS3), especificamente, é uma companhia que “se beneficia diretamente da entrada de capital estrangeiro, impulsionada pelo corte de juros nos Estados Unidos”, comentou o especialista em mercado Anderson Santos.

“Sua exposição ao agronegócio e ao crédito rural, setores que têm se mostrado resilientes mesmo em tempos de crise, o coloca como uma escolha defensiva e atraente para investidores”, completou Santos.

Na visão dos analistas ouvidos pela BP Money, o Santander (SANB11) também está entre as instituições promissórias.

“As expectativas apontam para um crescimento sustentável, impulsionado por linhas de crédito mais ajustadas ao cenário atual, o que sugere maiores ganhos e um risco reduzido para os investidores”, afirmou a especialista em gestão de negócios Tcharla Bragantin.

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