EUA

Boeing (BOEI34): Acordo judicial sobre acidentes com 737 Max é rejeitado por juiz

No início de 2024, a Boeing havia se comprometido com o DOJ a se declarar culpada por conspiração criminosa

Aviões Boeing
Aviões Boeing / Foto: Divulgação

O acordo judicial da Boeing (BOEI34) com os promotores dos EUA, relacionado aos dois acidentes fatais envolvendo jatos 737 Max, foi rejeitado por um juiz federal, representando um revés significativo nos esforços do fabricante de aeronaves para encerrar o caso.

O juiz Reed O’Connor, do tribunal distrital dos EUA, acolheu os argumentos das famílias das vítimas, que pediram a rejeição do acordo. Ele declarou que as cláusulas do acordo, especialmente as que envolvem a seleção de um monitor independente, eram inadequadas. Segundo O’Connor, essas disposições consideravam de forma indevida a raça dos indicados e minimizavam a importância de sua função no processo.

O magistrado determinou que as partes envolvidas se reunissem para definir como proceder com o caso. “Essas disposições são inadequadas e contrárias ao interesse público”, afirmou O’Connor em sua decisão, conforme noticiado pelo InfoMoney.

No início de 2024, a Boeing havia se comprometido com o DOJ (Departamento de Justiça dos EUA) a se declarar culpada por conspiração criminosa, instalar um monitor corporativo independente e pagar uma multa. Além disso, a empresa teria que investir ao menos US$ 455 milhões para reforçar seus programas de conformidade e segurança.

Boeing lança oferta de ações que pode levantar até US$ 22 bilhões

Boeing lançou uma oferta de ações que pode levantar até US$ 22 bilhões, divulgou a Reuters. A oferta inclui 90 milhões de ações ordinárias e US$ 5 bilhões em ações depositárias, que representam uma participação em ações preferenciais conversíveis. 

O movimento faz parte da estratégia da companhia para melhorar suas finanças e preservar seu investment grade. Isto porque a empresa enfrenta uma greve de 33 mil funcionários, que pararam suas atividades em setembro, interrompendo a produção de vários modelos, inclusive do carro-chefe da Boeing, o 737 MAX.

“A oferta é certamente favorável para a qualidade de crédito. Vamos considerar isso em nossa avaliação”, disse Ben Tsocanos, diretor de aeronáutica da S&P Global Ratings, à Reuters.

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