O diretor financeiro da Boeing (BOEI34), Brian West, alertou os investidores, nesta quinta-feira (23), sobre o impacto negativo semelhante ou pior ao observado no primeiro trimestre de 2024 que a empresa deve vivenciar. Segundo West, é improvável que a Boeing gere caixa para o ano que vem.
Em abril, a empresa havia dito que esperava reduzir o consumo de caixa neste trimestre e encerrar 2024 com fluxo de caixa positivo.
“Frustramos e decepcionamos nossos clientes por causa de alguns dos problemas de produção e cadeia de fornecimento que enfrentamos”, disse Brian.
Ainda segundo o diretor financeiro da companhia de aviões, a empresa deve começar a gerar caixa no segundo semestre do ano.
A Boeing está com uma produção mais lenta de seus aviões mais vendidos, os 737 Max. A fabricante de aeronaves também enfrenta uma crise quanto aos seus padrões de segurança e qualidade desde uma quase tragédia em janeiro.
Um Boeing 737 Max 9 perdeu parte de sua fuselagem em pleno voo. O desprendimento abriu um buraco no avião, exigindo um pouso de emergência.
Problemas com escassez de peças e a recente revelação de que funcionários podem ter pulado algumas inspeções nos 787 Dreamliners e falsificado registros de inspeção também afetam a entrega das aeronaves.
Por volta das 15h55 (horário de Brasília), os papéis da companhia recuavam 6,06%, cotados a R$ 895,00.
Boeing (BOEI34) reduz perdas e soma prejuízo de US$ 343 mi no 1TRI24
A Boeing (BOEI34) divulgou um prejuízo de US$ 343 milhões no primeiro trimestre de 2024, o que representa um recuo de 17,1% nas perdas em comparação ao mesmo período de 2023.
As receitas da fabricante de aeronaves americana ficaram em US$ 16,6 bilhões entre janeiro e março, queda anual de 7,5%.
A companhia destaca que o faturamento na unidade de aeronaves comerciais caiu 31%, a US$ 4,65 bilhões. Anteriormente, a Boeing (BOEI34) já havia divulgado que tinha feito 83 entregas no trimestre ante 130 há um ano.