Déficit anual

Boeing (BOEI34) tem prejuízo de US$ 11,8 bi em ano marcado por crise

A perda demonstra os desafios enfrentados pelo presidente-executivo, Kelly Ortberg para recuperar a fabricante de aviões

Varig
Foto: Varig / Divulgação

A Boeing (BOEI34) divulgou nesta terça-feira um prejuízo anual de 11,83 bilhões de dólares, o maior desde 2020, à medida que a empresa enfrentou problemas em suas unidades comerciais e de defesa e as consequências de uma greve de trabalhadores nos EUA.

 A perda demonstra os desafios enfrentados pelo presidente-executivo, Kelly Ortberg para recuperar a fabricante de aviões norte-americana, uma vez que ela cedeu terreno para a rival Airbus no mercado e está sob a mira de reguladores e clientes após uma série de falhas.

Como apurou o portal Invest, a empresa informou uma queima de caixa trimestral de US$ 4,1 bilhões, uma métrica observada de perto pelos investidores, ligeiramente inferior à expectativa dos analistas de uma queima de 4,26 bilhões de dólares, de acordo com dados compilados pela LSEG.

Riscos e projeções

Ortberg, que assumiu o comando da empresa em agosto, disse que a Boeing está progredindo no sentido de restaurar a estabilidade de suas linhas de produção, depois que uma falha no ar há um ano levantou preocupações sobre a segurança dos jatos.

A empresa reportou um prejuízo de 3,86 bilhões de dólares no quarto trimestre devido ao que Ortberg chamou de encargos “decepcionantes” em vários programas de defesa de preço fixo.

Ele, no entanto, acrescentou em uma carta aos funcionários nesta terça-feira que a Boeing está “agora mais proativa e com os olhos mais claros sobre os riscos” dos programas.

Boeing (BOEI34): Acordo judicial sobre acidentes com 737 Max é rejeitado por juiz

O acordo judicial da Boeing (BOEI34) com os promotores dos EUA, relacionado aos dois acidentes fatais envolvendo jatos 737 Max, foi rejeitado por um juiz federal, representando um revés significativo nos esforços do fabricante de aeronaves para encerrar o caso.

O juiz Reed O’Connor, do tribunal distrital dos EUA, acolheu os argumentos das famílias das vítimas, que pediram a rejeição do acordo. Ele declarou que as cláusulas do acordo, especialmente as que envolvem a seleção de um monitor independente, eram inadequadas. Segundo O’Connor, essas disposições consideravam de forma indevida a raça dos indicados e minimizavam a importância de sua função no processo.

O magistrado determinou que as partes envolvidas se reunissem para definir como proceder com o caso. “Essas disposições são inadequadas e contrárias ao interesse público”, afirmou O’Connor em sua decisão, conforme noticiado pelo InfoMoney.

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