
Os bancos Bradesco (BBDC4) e Itaú (ITUB4) apresentaram recursos contra a decisão que decretou a falência da Oi (OIBR3; OIBR4), buscando reverter a medida judicial.
O Bradesco argumenta que a falência da operadora não é a solução mais adequada para garantir o pagamento dos credores e que a decisão não protege os envolvidos, considerando a relevância dos serviços prestados pela companhia. As informações são do Valor Econômico e do Broadcast.
Já o Itaú defende a manutenção da recuperação judicial, afirmando que a falência poderia gerar prejuízos ainda maiores aos credores e clientes. Segundo o MoneyTimes, o banco também solicitou o afastamento da atual administração do Grupo Oi.
Na segunda-feira (10), a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro decretou a falência da Oi, que enfrentava seu segundo processo de recuperação judicial. A decisão, assinada pela juíza Simone Gastesi Chevrand, determinou a conversão da recuperação em falência.
“Não há mais surpresas quanto ao estado do Grupo em recuperação judicial. A Oi é tecnicamente falida”, escreveu a magistrada na decisão.
Bradesco (BBDC4) lidera quedas após balanço; entenda movimento
As ações do Bradesco (BBDC3;BBDC4) lideram, em primeiro e segundo lugar, as maiores quedas do Ibovespa no início da tarde desta quinta-feira (30) após a divulgação do balanço referente aos resultados do terceiro trimestre.
Às 15h16 (horário de Brasília), as ações ordinárias (BBDC3) recuavam 3,12%. Já as preferenciais (BBDC4) recuavam 3,13%.
Para Bruno Corano, economista e gestor da Corano Capital, a queda das ações reflete uma “irracionalidade” do mercado. O economista explicou que, nos últimos anos, os problemas relacionados à concessão de crédito puxaram os papéis do banco para baixo, mas que, desde a mudança na gestão, o problema está melhorando “de forma clara e consistente”.
“O problema é que o mercado é um pouco irracional e às vezes se espera um resultado maior do que é apresentado. Às vezes, a gente vê empresas como a Netflix apresentarem um resultado melhor, historicamente melhor do que nunca e ainda assim a ação cai.[…] Então, eu acho que a gente tem que separar em duas coisas. Uma coisa é o Bradesco estar melhorando a sua eficiência, seus números. A ação nesse momento caiu porque se esperava mais do que de fato ela apresentou.”