
As ações do Bradesco (BBDC3;BBDC4) lideram, em primeiro e segundo lugar, as maiores quedas do Ibovespa no início da tarde desta quinta-feira (30) após a divulgação do balanço referente aos resultados do terceiro trimestre.
Às 15h16 (horário de Brasília), as ações ordinárias (BBDC3) recuavam 3,12%. Já as preferenciais (BBDC4) recuavam 3,13%.
Para Bruno Corano, economista e gestor da Corano Capital, a queda das ações reflete uma “irracionalidade” do mercado. O economista explicou que, nos últimos anos, os problemas relacionados à concessão de crédito puxaram os papéis do banco para baixo, mas que, desde a mudança na gestão, o problema está melhorando “de forma clara e consistente”.
“O problema é que o mercado é um pouco irracional e às vezes se espera um resultado maior do que é apresentado. Às vezes, a gente vê empresas como a Netflix apresentarem um resultado melhor, historicamente melhor do que nunca e ainda assim a ação cai.[…] Então, eu acho que a gente tem que separar em duas coisas. Uma coisa é o Bradesco estar melhorando a sua eficiência, seus números. A ação nesse momento caiu porque se esperava mais do que de fato ela apresentou.”
Bruno Rocio, assessor de Investimento na Raro Investimentos e advogado especialista em Planejamento Patrimonial, compartilha dessa perspectiva e comentou que “parece ter faltado algo na visão dos analistas”.
“Mesmo que o lucro líquido tenha vindo em linha com o consenso do mercado, o retorno sobre o patrimônio (ROAE) ficou em 14,7%, levemente abaixo das projeções”, pontuou Rocio.
Apesar do pódio negativo, os especialistas afirmaram que a queda é pontual e deve ser revertida rapidamente. Além disso, eles indicam que os investidores continuem acompanhando os dados do Bradesco e os próximos passos do banco.
Relembre: Bradesco (BBDC4) registra lucro líquido recorrente de R$ 6,2 bi
O Bradesco (BBDC4) registrou lucro líquido recorrente de R$ 6,2 bilhões no terceiro trimestre de 2025, uma alta de 18,8% em comparação com o mesmo período do ano passado. A expectativa, com base nas projeções compiladas pela LSEG, apontavam lucro de R$ 6,05 bilhões. Informações via Infomoney.
Dados foram divulgados pelo banco nesta quarta-feira (29), após o fechamento do mercado. A instituição financeira terminou o pregão na B3 com alta de 3,23%, a R$ 18,83
“No terceiro trimestre do ano, demos mais um passo no incremento da nossa rentabilidade. Continuamos com a mesma tração comercial, mantendo os indicadores de
inadimplência sob controle, priorizando o retorno ajustado ao risco. A transformação avança, dando sustentação à nossa evolução e reforçando a nossa competitividade de longo prazo”, afirmou a administração no comunicado que divulgou os resultados.
O lucro líquido contábil, sem eventos não recorrentes, foi de R$ 6,2 bilhões no período – resultado igual ao lucro líquido recorrente -, com alta de e 18,8% na comparação anual com o mesmo período de 2024.
A carteira de crédito expandida do banco teve alta de 9,6% na comparação anual e crescimento de 1,6% trimestre a trimestre (t/t), em R$ 1,03 trilhões. Desses, R$ 451,6 bilhões são do segmento Pessoa Física, que teve alta de 13,8% na comparação anual. Já a divisão PJ ficou em R$ 582,7 bilhões.
O Bradesco teve R$ 35 bilhões em receitas totais, com alta de 13,1% na comparação anual. A margem financeira total teve alta de 16,9% ano contra ano. O banco apurou alta de 20,1% no custo de crédito na comparação com o mesmo período de 2024, em 3,3%, com pequeno aumento dos 3,2% observados no trimestre anterior.
 
					 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		