CPI em andamento

Braskem (BRKM5): caso de Maceió já custou R$ 9,5 bi em indenizações

No momento, a Braskem enfrenta uma CPI, no Senado, para apurar o caso de rompimento da mina 18, em Maceió

Braskem
Foto: Divulgação / Braskem

A teleconferência da Braskem (BRKM5), para apresentação dos resultados trimestrais à imprensa, serviu para novos esclarecimentos sobre o caso da mina em Maceió, além da baixa do setor petroquímico. A empresa afirma já ter desembolsado R$ 9,5 bilhões, dos R$ 15,5 bilhões providos às indenizações.

O afundamento do solo em Maceió, causado por uma mina de exploração desativada da Braskem, se agravou no final de 2023. No momento, a empresa enfrenta uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre o caso, no Senado.

De acordo com o InfoMoney, a Braskem disse que 100% da área de risco já foi desocupada, enquanto 96% das propostas de realocação foram aceitas e 95% pagas. 

“O índice de aceitação geral é de 99,4% – então, entre todas as propostas, a gente já tem resposta definitiva de 99,4%. Um altíssimo índice de aceitação”, disse Pedro Freitas, diretor financeiro da companhia.

Planos da Braskem (BRKM5) para mina em Maceió

A mina 18 da Braskem na cidade, colapsou em dezembro do ano passado. Após o acontecimento, o valor total destinado às provisões teve acréscimo de R$ 1 bilhão. O rompimento foi o pivô para instauração da CPI. 

Segundo Freitas, outro valor estimado em R$ 5 bilhões, para provisionamento remanescente, será desembolsado, metade este ano, e a outra metade no decorrer do plano de ações pelos anos seguintes.

“Sobre a CPI, a Braskem vem se posicionando para contribuir com a comissão”, declarou o diretor. O fechamento total da mina 18 deve ocorrer até 2026, quanto ao plano ambiental, a conclusão é para 2028.

Braskem (BRKM5) tem prejuízo de R$ 1,575 bi no 4T23

No quarto trimestre de 2023 (4T23), a Braskem (BRKM5) reportou um prejuízo atribuído aos acionistas de R$ 1,575 bilhão, representando uma queda de 8% em comparação com a perda de R$ 1,7 bilhão registrada no mesmo período de 2022.

Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), recorrente, alcançou R$ 1,049 bilhão, em contraste com o prejuízo de R$ 168 milhões registrado no mesmo período do ano anterior.

A companhia atribui o aumento do Ebitda a medidas como priorização de vendas de maior valor agregado, otimização do mix de produtos vendidos e melhoria nos spreads dos produtos comercializados pela Braskem. Além disso, houve uma redução nas despesas gerais e administrativas.

A receita líquida totalizou R$ 16,691 bilhões, apresentando uma redução de 12% em comparação com o mesmo período do ano anterior, mas mantendo-se estável em relação aos três meses anteriores.

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