A BRF (BRFS3) reportou um lucro líquido de R$ 1,13 bilhão no terceiro trimestre de 2024, contra prejuízo de R$ 262 milhões no mesmo período do ano passado.
A receita da BRF (BRFS3) ficou em R$ 15,5 bilhões no 3TRI24, com alta de 12,4% em relação ao mesmo trimestre de 2023.
“A BRF reportou nesse trimestre avanços operacionais em todos os aspectos e um desempenho consistente de vendas em todos os mercados de atuação. Os números crescentes foram impulsionados pelas capturas em eficiência, ampliação dos destinos de exportação e pelo crescimento da participação de produtos processados nas vendas. Esse desempenho confirma que estamos no rumo certo com uma empresa cada vez mais forte e sustentável”, afirmou Miguel Gularte, CEO da BRF.
Já o Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ficou em R$ 3 bilhões, com margem de 19,1%. A companhia informou que se trata do melhor patamar para um terceiro trimestre.
Mais dados do 3TRI24 da BRF (BRFS3)
A geração de caixa livre foi de R$ 1,8 bilhão, o que permitiu a redução da dívida líquida em 34% na comparação com o mesmo período do ano passado.
O movimento fez com que a companhia chegasse a sua menor alavancagem histórica, em 0,7 vezes a relação entre Ebitda e dívida líquida. A dívida bruta ficou em R$ 18,9 bilhões.
“Hoje já temos mais convicção em voltar a investir em prol do crescimento da capacidade da companhia”, afirma Miguel Gularte.
Na operação brasileira, a companhia apresentou Ebitda de R$ 1,2 bilhão, com margem de 16,6%. A receita, por sua vez, cresceu 10,4% na comparação com o mesmo período de 2023.
A companhia destacou, em coletiva de imprensa sobre os resultados, os passos estratégicos em direção ao mercado na Arábia Saudita. Sobre os preços praticados no mercado externo, a administração considera que se estabelece uma estabilidade de preços, ainda que algumas regiões apresentem aumento de preços na carne bovina.
“Vemos um equilíbrio muito forte de oferta e demanda no próximo ano”, disse Leonardo Dallorto, vice presidente de Mercado Internacional e Planejamento.
Sobre mudanças em movimentos de mercado após as eleições dos EUA, a administração afirmou que há monitoramentos para garantir que a companhia aproveite a demanda por outros cortes além da carne bovina.
“A gente vê um mercado estabilizado para 2025 e a gente não vê nenhum sinal que a situação seja de desequilíbrio”, afirmou o CEO.