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Carrefour (CRFB3) desliga 2,2 mil funcionários; GPA corta custos em 15%

O Grupo Carrefour e o GPA seguem passando por reestruturações em suas operações, enfrentando os impactos dos juros elevados

Foto: Carrefour/Divulgação
Foto: Carrefour/Divulgação

O Carrefour (CRFB3) e o GPA, proprietário da rede Pão de Açúcar, estão implementando cortes em suas equipes.

No caso do Carrefour (CRFB3), tanto nas unidades de varejo quanto no atacadão Atacadão, estima-se que cerca de 2,2 mil colaboradores sejam afetados ao final do processo. Segundo informações divulgadas em reportagem do Valor.

Tal iniciativa é pouco comum nesse período, já que ocorre próximo às festas de fim de ano, um momento de aumento significativo no fluxo de clientes e demanda, o que pode comprometer o nível de atendimento e afetar a experiência dos consumidores nas lojas.

Carrefour (CRFB3) e GPA enfrentam desafios financeiros

O Carrefour (CRFB3) e o GPA seguem passando por reestruturações em suas operações, enfrentando os impactos dos juros elevados e dificuldades internas para melhorar as vendas e a eficiência das unidades de varejo.

No Carrefour, os cortes são mais significativos e começaram a atingir o Atacadão já em novembro. Nos supermercados e hipermercados, os ajustes ocorreram de forma mais recente.

A expectativa é que cerca de 1,2 mil colaboradores sejam demitidos, principalmente na área de hipermercados.

No caso do Atacadão, a maior rede de atacarejo do país, foram registradas pouco mais de mil demissões em novembro, o que representa uma média de cerca de três funcionários por loja, com cortes concentrados nas unidades da rede, conforme apurou o Valor.

Estratégia para enfrentar cenário econômico adverso

Em resposta aos ajustes, o Carrefour afirmou que essas demissões são parte de um movimento natural no varejo, e não devem comprometer o atendimento e a experiência do cliente durante o período de festas.

De acordo com um documento apresentado pela empresa à B3, até o final de 2023, o Carrefour somava aproximadamente 150 mil empregados, entre lojas, centros de distribuição e áreas administrativas.

Assim, a redução atual representa apenas 1,5% da base total, com um impacto proporcional maior no chão de loja devido ao volume de cortes nessa área.

O objetivo estratégico é fechar 2024 com uma estrutura mais enxuta e eficiente, buscando reduzir custos e enfrentar a pressão dos juros em alta, ao mesmo tempo em que busca melhorar os resultados das operações de varejo e maximizar a rentabilidade.