O Grupo Casas Bahia (BHIA3) anunciou, na quinta-feira (5), a estruturação de um plano complementar com foco na otimização de sua estrutura de capital, bem como na reestruturação de parcela relevante de suas dívidas financeiras.
A Casas Bahia e os detentores de aproximadamente 99,99% das debêntures da 2ª série pretendem antecipar o período de conversão dos títulos em ações ordinárias. As debêntures somam R$ 1,566 bilhão.
Reestruturação financeira da
O objetivo da medida é reduzir pela metade a alavancagem financeira. Com isso, a conversão poderá ocorrer já a partir deste mês.
Além disso, a companhia também planeja o reperfilamento das debêntures da 1ª série, no valor de R$ 1,67 bilhão. A proposta, segundo o InfoMoney, inclui o adiamento do primeiro pagamento de juros, que passaria de novembro de 2026 para novembro de 2027, além da reformulação do cronograma de amortização do principal.
Com o novo modelo, a primeira parcela, prevista originalmente para novembro de 2026 com amortização de 10% do saldo, deixaria de existir. A segunda parcela, em novembro de 2027, teria sua amortização ampliada de 11,11% para 20%. A terceira foi mantida para novembro de 2028 e seguiria com amortização de 25%, e a última, em novembro de 2029, permanece com o pagamento integral do valor restante.
Casas Bahia (BHIA3): acionistas rejeitam elevar remuneração de executivos
Em assembleia realizada na quarta-feira (30), os acionistas da Casas Bahia (BHIA3) confirmaram apoio aos executivos da empresa, depois de Michael Klein, da família fundadora da empresa, ter proposto seu retorno à presidência do conselho de administração.
No entanto, os investidores rejeitaram a proposta que implicaria em elevar os desembolsos para pagamento dos principais executivos este ano entre 30% e 40%.
Além disso, os acionistas da Casas Bahia também aprovaram as contas da companhia do ano passado, quando o grupo conseguiu reduzir em 60% o prejuízo de 2023, para cerca de R$ 1 bilhão.