Recomenção 'neutra' mantida

Casas Bahia (BHIA3): Santander revisa para cima preço-alvo de ações

Com plano de transformação em vigor até 2024, banco enxerga cenário bastante desafiador para a companhia, com pesadas despesas financeiras

Lojas Casas Bahia (BHIA3)
Casas Bahia (BHIA3)/ Foto: Divulgação

As ações da Casas Bahia (BHIA3) tiveram o preço-alvo revisado para cima por analistas do banco Santander (SANB11), de R$2,20 para R$7. Apesar disso, a recomendação se manteve em ‘neutra’.

Os analistas do Santander ressaltam que, desde a posse da nova gestão da empresa em agosto de 2023, o grupo Casas Bahia passou por um plano de transformação que visa priorizar a geração de caixa e a rentabilidade, com o objetivo de desalavancagem e retorno a uma trajetória de crescimento sustentável.

O banco, por sua vez, ainda enxarga um cenário bastante desafiador para a companhia, com a persistência de pesadas despesas financeiras e grandes perdas líquidas e consumo de caixa em 2024.

O Santander espera um prejuízo líquido em 2024 e 2025 de R$ 1,4 bilhão e R$ 514 milhões, respectivamente.

Por volta das 13h (horário de Brasília), os papéis da Casas Bahia (BHIA3) recuavam 2,11%, cotadas a R$ 5,56.

Casas Bahia (BHIA3) deve ser destaque negativo no 1T24, diz XP

Em relatório sobre as prévias do varejo no primeiro trimestre de 2024, a XP apontou que o setor deve trazer resultados decepcionantes nesta temporada. A organização pontuou que os destaques devem ser Casas Bahia (BHIA3) e Petz (PETZ3), em linha com o último consenso.

Segundo a XP, os dados fracos devem ser decorrentes do cenário desafiador, mudanças fiscais e uma fraca sazonalidade. Além disso, ela acredita que a Casas Bahia (BHIA3) deve ser impactada, especialmente, por sua reestruturação.

Por outro lado, é esperado que a maior concorrente da Casas Bahia, a Magazine Luiza (MGLU3), reporte melhora nas margens.

Em relação ao segmento de e-commerce como um todo, a expectativa é para um fraco crescimento de receita, com a demanda de bens duráveis pressionada pelo cenário macro.

Já em relação às companhias de varejo alimentar, segundo a XP, devem ter melhor performance, devido à inflação alimentar.

“A rentabilidade, alavancagem operacional e a maturação das conversões e expansão devem contribuir para melhora de margens de Assaí (ASAI3) e Grupo Mateus (GMAT3)“, declararam, de acordo com o “Suno”, os analistas Daniela Eiger, Gustavo Senday e Laryssa Sumer.