As ações da CBA (Companhia Brasileira de Alumínio) (CBAV3) operam com forte alta nesta sexta-feira (4), após o Bofa (Bank Of America) elevar a recomendação de neutra para compra. Segundo o banco americano, a companhia é uma das que mais ganham com o pacote de estímulos econômicos da China.
Por volta das 13h30 (horário de Brasília), os papéis avanaçam 7,02%, cotados a R$ 6,08. O preço-alvo do BofA para a CBA é de R$ 8.
Os analistas do banco apontaram que o recente pacote de estímulo monetário e fiscal da China impulsionou os preços dos metais, levando a uma perspectiva otimista para cobre e alumínio, enquanto se mantêm cautelosos em relação ao minério de ferro.
Para eles, a oferta de cobre está apertada e a demanda permanece forte, enquanto a situação do minério de ferro é considerada desafiadora, com estoques altos e margens pressionadas. A previsão é de que os preços do minério de ferro corrijam para US$ 90 a tonelada em 2025.
O banco tem recomendação neutra para Vale (VALE3) e de equivalente à venda para CSN (CSNA3), CSN Mineração (CMIN3) e Usiminas (USIM5), reforçando que cobre e alumínio são preferidos em relação ao minério de ferro.
Pacote de estímulos da China: impactos vão além da Vale (VALE3)
A Vale (VALE3) tem vivido dias de glória ao longo desta semana, desde que a China anunciou um pacote de medidas para estimular a economia. A mineradora brasileira disparou na Bolsa e chegou a recuperar R$ 13 bilhões em valor de mercado.
O motivo? minério de ferro. As medidas anunciadas pelo governo chinês têm como foco, entre outras coisas, investimentos na construção civil e desenvolvimento urbano – o que significa que a demanda pela commodity vai crescer.
Não só a Vale (VALE3), mas outras mineradoras tendem a surfar na onda de exportações ao país asiático.
Especialistas consultados pelo BP Money, porém, chamaram atenção para outros setores que tendem a ganhar com o pacote de estímulos da China.
Como principal parceiro comercial do Brasil, em um cenário de alta nas importações, outras commodities, como soja e petróleo, devem passar por aumento na demanda, disse Anderson Santos, sócio da Matriz Capital.
“Uma recuperação da demanda chinesa pode impulsionar tanto as exportações quanto os preços dessas matérias-primas, resultando em um cenário mais favorável para empresas exportadoras brasileiras”, afirmou Santos.