Em novo relatório sobre a Cemig (CMIG4), após o Investor Day da empresa, os analistas do BTG Pactual (BPAC11) reiteraram uma recomendação neutra para as ações da empresa.
O preço-alvo da casa se manteve em R$ 11 para as ações da Cemig (CMIG4), mas vale lembrar que, atualmente, os papéis da empresa estão sendo negociados em torno de R$ 12,00.
Na perspectiva dos analistas do BTG, os movimentos de desinvestimentos podem abrir espaço para distribuições extraordinárias de dividendos da Cemig.
“Desde 2019, a Cemig passou por uma reviravolta significativa: desinvestiu de ativos não essenciais (R$ 7,7 bilhões em economias, caixa e injeções de capital evitadas), comprometeu-se a reduzir as perdas de energia e a melhorar a eficiência operacional, além de anunciar seu maior plano de investimento de todos os tempos, centrado nas operações principais em Minas Gerais”, disse a casa, de acordo com o “Suno”.
“A venda de outros ativos não essenciais, incluindo a Taesa, pode ser uma prioridade, potencialmente gerando dividendos extraordinários”, acrescentaram os analistas.
Cemig (CMIG4): presidente do conselho defende privatização
O presidente do conselho de administração da Cemig (Companhia Energética de Minas Geral) (CMIG4), Márcio Luiz Simões Utsch, defendeu a privatização da empresa.
Segundo Utsch, o governo de Minas Gerais deveria “ir atrás” da privatização para destravar valor para a empresa.
O presidente do conselho da Cemig (CMIG4) destacou ainda que essa era a intenção do governador do estado, Romeu Zema (Novo), para o primeiro mandato e para o atual.
“Ele já falou isso várias vezes, e nós que estamos na Cemig concordamos com ele, se não concordássemos não estaríamos lá… Se não quero (privatizar) e estou lá, o que estou fazendo? Estou perdendo meu tempo. Nós queremos também, achamos que é uma boa saída”, disse o executivo.
Em conversas recentes sobre federalização da Cemig (CMIG4) no âmbito da renegociação da dívida do Estado, Zema chegou a dar declarações à imprensa indicando interesse em repassar à União o controle de algumas estatais mineiras, incluindo a companhia energética.