A China liberou 38 frigoríficos do Brasil para a exportarem para o país. Após a notícia, maior parte das ações de empresas do setor fecharam com ganhos na B3. O pregão também foi positivo para o Ibovespa (IBOV) — indicador do desempenho das ações negociadas na B3.
Analistas do Itaú BBA (ITUB4) sinalizaram que o setor sentirá o impulso nas vendas.
“Acreditamos que o anúncio de hoje fortalece a relação comercial entre os países e consolida o Brasil como um grande fornecedor de proteína para o mercado chinês a longo prazo”, comunicou o time, liderado por Gustavo Troyano, conforme foi antecipado pelo InfoMoney.
A casa apontou que a JBS (JBSS3) deve se destacar entre os ganhos, com 12 plantas liberadas para exportarem para território chinês. Já Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) tiveram duas plantas cada.
Contudo, analistas acrescentaram que esperam um “impacto limitado” no resultado da JBS. O segmento de carne bovina da empresa corresponde a uma pequena parte do desempenho, 13% no previsto para 2024.
“A operação de carne bovina da Marfrig no Brasil também tem uma contribuição limitada para os números consolidados e provavelmente declinará ainda mais uma vez que a venda de ativos para a Minerva [anunciada em agosto de 2023] seja aprovada pelas autoridades antitruste. Por outro lado, a notícia de hoje poderia potencialmente levar os investidores a desacelerar a expansão da margem esperada para a Minerva no futuro”, disseram.
Exportação na China pode afetar margens de frigoríficos
O Itaú BBA sinalizou que a liberação de frigoríficos para exportarem na China pode ter um efeito negativo nas margens. Isso por que, desde 2023, os preços a carne bovina na China estão sob pressão, devido à alta oferta pela fraca economia.
Vale lembrar que o yuan (moeda chinesa) está desvalorizando, à medida que o governo anuncia estímulos.
No pregão deste terça-feira (12), os papéis da JBS fecharam com alta de 2,17%, os da Mafrig, com crescimento de 1,57%, e os da Minerva, com avanço de 1,49%.