Tribunal Fiscal

Coca-Cola (COCA34) deve US$ 6 bilhões para Receita Federal dos EUA

A Coca-Cola (COCA34) declarou nesta sexta-feira (2) que pretende apelar da decisão do tribunal a favor do IRS

Coca-Cola / Foto: Divulgação
Coca-Cola / Foto: Divulgação

Um juiz do Tribunal Fiscal dos EUA decidiu que a Coca-Cola (COCA34) deve cerca de US$ 6 bilhões, incluindo juros, em uma disputa duradoura com o IRS (Serviço de Receita Federal).

A Coca-Cola (COCA34) declarou nesta sexta-feira (2) que pretende apelar da decisão do tribunal a favor do IRS, que há quase uma década alega que a gigante de bebidas de Atlanta evitou pagar alguns impostos federais ao transferir grande parte de seus lucros para subsidiárias em outros países.

A companhia afirmou, em um processo de 2015, que estava à procura de US$ 3,3 bilhões em impostos retroativos.

A agência destacou que uma auditoria governamental determinou que a receita declarada da Coca-Cola entre 2007 e 2009 deveria ter sido maior como resultado do que é conhecido como precificação de transferência internacional, de acordo com informações do “Valor”.

Em novembro de 2020, o tribunal adotou a maioria dos principais argumentos do governo, o que seria um golpe na estratégia fiscal internacional da companhia. A tese foi reforçada por uma opinião suplementar emitida no outono de 2023.

Coca-Cola (COCA34) prevê receitas mais altas

Coca-Cola (COCA34) aumentou seu guidance para 2024, baseando-se nos preços mais altos que reforçam o desempenho da gigante de refrigerantes.

Agora, a Coca-Cola (COCA34) prevê um crescimento orgânico da receita, que exclui a volatilidade cambial e outros itens, na faixa de 9% a 10% neste ano. O dado supera a projeção anterior de abril, que era de 8% a 9%.

A fabricante de refrigerantes informou que a receita orgânica cresceu 15% no segundo trimestre, acima da projeção média dos analistas, que era de 9,4%.

No período, a receita foi de US$ 12,3 bilhões, também superior à estimativa média dos analistas. A margem operacional comparável foi de 32,8%, ante 31,6% no período anterior.

“Acho que a história da Coca-Cola está mudando, com o crescimento do lucro por ação sendo impulsionado mais pela expansão da margem decorrente da moderação das pressões sobre os custos do que pelos aumentos de preços, que têm sido o principal impulsionador nos últimos trimestres”, disse Garrett Nelson, analista da CFRA.