Analistas comentam

Cogna (COGN3) fecha com queda de quase 12% após balanço 

O Morgan Stanley acredita que outros fatores que podem justificar a retração da Cogna (COGN3). Por outro lado, a análise da XP foi positiva.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O grupo educacional Cogna (COGN3) divulgou, nesta quinta-feira (21), o seu balanço do quarto trimestre de 2023, onde reportou um prejuízo de R$ 373 milhões, por conta do efeito tributário. Consequentemente, as ações da companhia despencaram durante o pregão, fechando com queda de 11,90%.

A Cogna (COGN3) explicou, na divulgação do resultado, que “detém ativos fiscais diferidos, formados principalmente por Prejuízos Fiscais e Bases Negativas de Contribuição Social. Para efetivar a realização desses ativos, desenvolvemos um plano de reorganização societária detalhado, objetivando a otimização tributária através da maximização do aproveitamento dos prejuízos e da minimização da alíquota efetiva de tributação”.

Ou seja, por conta do programa “Mais Médicos”, a empresa precisou fazer uma mudança societária. O regulamento do programa permite novas tentativas de criação de novos cursos.

“Fizemos a baixa do imposto de renda diferido porque ele não possui efeito caixa para a companhia”, disse o CFO da Cogna na teleconferência para comentar os resultados do 4T23. As informações são do InfoMoney.

Outros motivos podem ter motivado a baixa da Cogna (COGN3)

Contudo, o Morgan Stanley (BDR: MSBR34) entende que há outros fatores que podem justificar a retração.

A instituição acredita que mesmo com o impacto tributário, o desempenho da Kroton, que é o maior segmento da Cogna, ficou abaixo do esperado. Contudo, a performance fraca foi compensada pela sazonalidade favorável na Vasta e no Santander.

“Por outro lado, isso nos faz questionar se a Kroton está no caminho certo para continuar crescendo com base no ambiente macroeconômico favorável e cumprir a orientação”, pontuou o banco.

A XP, por sua vez, considera que os resultados foram positivos, considerando que sua análise foi baseada no lucro líquido ajustado, excluindo o impacto fiscal.

“Os resultados corroboram com a nossa visão de que a empresa está em uma tendência virtuosa, e, portanto, reiteramos nossa recomendação de compra para a ação”, sinalizou a análise da corretora.