Redução do endividamento

Cosan vai adquirir US$ 778,5 milhões em três bonds

“A decisão da Cosan visa à redução do endividamento na companhia”, disse a empresa

Cosan
Divulgação/Cosan

A Cosan (CSAN3) anunciou que vai recomprar US$ 778,5 milhões em três bônus externos (bonds). A empresa tinha se proposto a recomprar até US$ 900 milhões, mas não recebeu ofertas válidas nesse volume.

Serão recomprados US$ 236,5 milhões no título que vence em 2029, com cupom de 5,5%. Mais US$ 273,2 milhões no papel para 2030, com cupom de 7,5%. Além disso, ainda US$ 268,7 milhões no bond para 2031, com cupom de 7,25%.

“A decisão da Cosan visa à redução do endividamento na companhia”, disse a empresa, de acordo com o Valor.

Cosan (CSAN3) cogita mudar parceiros e diluir empresas para reduzir dívida 

Após divulgar seu balanço na quarta-feira (26), onde reportou prejuízo de R$9,3 bilhões no quarto trimestre de 2024, a Cosan(CSAN3) afirmou que pretende tomar medidas para reduzir em até 30% a dívida no curto prazo. Segundo o CEO (presidente executivo) Marcelo Martins, a entrada de parceiros e venda de ações de outras empresas estão no radar.

Recentemente a companhia vendeu sua participação na Vale, contudo, a operação ocorreu em valor inferior ao registrado no balanço resultando em  perdas contábeis. A empresa possui um conjunto de ativos que cogita venda como o porto de São Luís, no Maranhão, e terrenos da sua subsidiária Radar.

“Não é realista assumir que vamos reduzir a dívida a zero num curto ou médio prazo. Precisaremos de mais tempo para isso. Mas eu acho que é possível, sim, assumir o compromisso de reduzir pelo menos, com a dívida que sobrou, uns 30% nos próximos meses. Este é o nosso objetivo”, afirmou Martins durante teleconferência.

Segundo o jornal Valor Econômico, O CFO (diretor financeiro), Rodrigo Araújo, assume a possibilidade de venda na Raízen, e venda de ativos de sua controladora.

“A Cosan não vai colocar dinheiro na Raízen. Nossa prioridade clara é redução na alavancagem. A Raízen tem possibilidade de vender ativos bastante relevantes, que podem ter impacto na alavancagem e os dois acionistas estão conscientes disso”, disse. Araújo ainda reforçou que os setores de energia e renováveis são os que a empresa deve buscar parcerias e onde a companhia tem capacidade de ‘diluição’.