
A CPFL Energia (CPFE3) anunciou nesta segunda-feira (1º) que o conselho de administração aprovou, no sábado (29), um projeto que altera o controle acionário da CPFL Transmissão. Informações via Money Times e Valor Econômico.
Segundo fato relevante, a troca do controle da unidade de transmissão de energia será feita por meio do aporte de capital pela CPFL Energia na CPFL Transmissão e da conversão de ações ordinárias, detidas pela CPFL Comercialização Brasil, em ações preferenciais.
Em movimento de queda desde a abertura, os papéis da empresa continuaram a cair após o anúncio, chegando ao ponto mais baixo por volta das 11h30 (horário de Brasília), quando eram negociadas a R$ 48,20. Às 16h11, os papéis caíam 0,49%, a R$ 48,53, uma leve recuperação.
A proposta, aprovada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) em 4 de novembro, será implementada até 31 de dezembro de 2025 – mediante aprovação em Assembleia Geral da CPFL Transmissão.
“Essa operação tem como objetivo simplificar a estrutura societária e operacional do grupo, reduzindo os níveis de consolidação e os custos a eles relacionados”, disse a companhia elétrica.
Lucro da CPFL soma R$ 1,38 bilhão no 3º trimestre
A CPFL Energia (CPFE3) fechou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 1,38 bilhão, alta de 3,3% na comparação anual e acima da projeção de analistas (R$ 1,14 bi, segundo IBES/LSEG).
O resultado veio mesmo em meio ao ambiente desafiador para a geração renovável.
O Ebitda avançou 0,3%, para R$ 3,16 bilhões, também superando as estimativas de mercado (R$ 2,98 bi).
Segundo a companhia, o desempenho foi sustentado pelas distribuidoras, apoiado por menor provisão para devedores duvidosos, melhora nos indicadores de perdas e reajustes tarifários.
Pressão nas eólicas
A área de geração voltou a sentir os efeitos do curtailment imposto pelo ONS. As eólicas da CPFL tiveram restrição de 37% no trimestre, ante 27% um ano antes, gerando impacto financeiro de R$ 219 milhões (vs. R$ 149 milhões em 2024).
O CEO Gustavo Estrella avalia que o nível de cortes tende a seguir elevado, diante do consumo insuficiente e de gargalos de transmissão.