Tag Along

CSN (CSNA3): ações disparam após decisão sobre indenização bilionária

O caso diz respeito à alegação da CSN de que a Ternium deveria realizar oferta pública para compra das ações dos minoritários da Usiminas

CSN
Foto: Divulgação

As ações da CSN – Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3) estão em forte alta nesta terça-feira (18), após decisão surpreendente do STJ (Superior Tribunal de Justiça) reconhecer o direito da empresa de receber indenização bilionária da Ternium.

Por volta das 12h30 (horário de Brasília), os papéis da companhia avançavam 10,66%, cotados a R$ 13,18.

O caso diz respeito à compra de ações da Usiminas (USIM5), em 2011, pelo grupo Ternium, no equivalente a 27,7% do total de ações.

A CSN (CSNA3), por sua vez, que detinha 12,9% dos papéis da companhia, entrou com ação por alegar que a Ternium deveria realizar oferta pública para compra das ações dos minoritários, mecanismo de proteção conhecido como tag along.

O ministro Antônio Carlos Ferreira foi o responsável por destravar o julgamento, que estava empatado, e dar o voto de minerva que reconhece o direito da CSN (CSNA3) de receber R$ 5 bilhões de indenização.

Para Ferreira, é “indubitável” que o grupo Ternium adquiriu protagonismo e elevou consideravelmente sua parcela de atuação nas deliberações da empresa, a partir da escolha dos dirigentes da companhia logo após acordo de acionistas.

“Essa abrupta mudança no comando da empresa – inclusive, motivo de publicação de fato relevante – é a circunstância que enseja a aplicação do direito de venda conjunta, tag along, ou de retirada, cujo escopo primordial é de proteger os acionistas minoritários quando se deparam com relevante alteração no rumo gerencial da companhia”, disse o ministro.

CSN (CSNA3) reduz prejuízo em 42% no 1T24 

CSN, Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3) registrou um prejuízo líquido atribuível aos sócios controladores de R$ 480 milhões no primeiro trimestre de 2024 (1T24), marcando uma redução de 42% em comparação ao prejuízo de R$ 823 milhões do mesmo período do ano anterior.

Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado foi de R$ 1,966 bilhão, representando uma queda anual de 39%. Isso resultou em uma redução da margem Ebitda ajustada de 8,0 pontos percentuais, para 19,3%.

A receita líquida totalizou R$ 9,713 bilhões no primeiro trimestre de 2024, marcando uma queda de 14,2% em comparação com o mesmo período de 2023.

O lucro bruto alcançou R$ 2,191 bilhões no primeiro trimestre de 2024, apresentando uma queda de 33% em comparação com o mesmo período de 2023, influenciado pelo desempenho operacional mais fraco observado no período.