
O Morgan Stanley retomou a cobertura das ações da CSN (CSNA3), estabelecendo recomendação equal-weight (exposição igual à média do mercado, equivalente à neutra) e preço-alvo de R$ 9,10.
As ações da CSN (CSNA3) encerraram o pregão desta quarta-feira (28) em queda de 3,67%, cotadas a R$ 8,67. Por volta das 10h52 (horário de Brasília), os papéis recuavam 5,78%, sendo negociados a R$ 8,48.
Desafios e Perspectivas para a CSN
Para o Morgan Stanley, a combinação de um negócio cíclico, o apetite da siderúrgica por investimentos e seu alto nível de alavancagem — em torno de 3,5 vezes dívida líquida/EBITDA — configura um perfil de risco-retorno desafiador.
Além disso, o banco destacou que o receio com o balanço patrimonial e a alocação de capital já vêm pressionando as ações. Desde janeiro de 2024, os papéis da CSN acumulam queda de 61% em dólar, desempenho inferior ao do MSCI América Latina (-15%) e ao do Ibovespa (-11%).
Impacto dos Investimentos e Dividendos
Apesar da desvalorização, o Morgan aponta que a ação é negociada a múltiplo de 6,3 vezes o EBITDA estimado para 2026, acima da média histórica de cinco anos, de 4,6 vezes. O banco também ressalta que os investimentos em capital — com média de quase R$ 5 bilhões por ano até 2030 —, somados às entregas de contratos pré-pagos de minério de ferro, devem manter o fluxo de caixa livre negativo até 2028, o que indica ausência de pagamento de dividendos nos próximos anos.
Riscos no Projeto de Expansão da Mina P15
O Morgan também vê riscos de execução relevantes no principal projeto de crescimento da empresa: a mina de minério de ferro P15, com capacidade de 16,5 milhões de toneladas por ano. O início das operações, inicialmente previsto para 2023, foi adiado para o quarto trimestre de 2027 — o que pode afetar negativamente as estimativas do banco, que já estão acima do consenso de mercado. As informações são do InfoMoney.