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Dasa (DASA3) vai do salto à derrocada após anúncio de fusão

Na perspectiva de Alexandre Pletes, head de renda variável da Faz Capital, alguns fatores apontaram para a viração das ações

Foto: Divulgação
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Os papéis da Dasa (DASA3) passaram por uma montanha-russa nesta sexta-feira (14), com a empresa de saúde anunciando que fechou a tão esperada fusão com a Amil (AMIL3).

As ações da Dasa (DASA3) iniciaram o pregão com fortes ganhos, com investidores animados com a notícia, que gera uma gigante no segmento de hospitais. Na máxima do dia, os ativos chegaram a disparar 12,55%.

Contudo, os papéis da empresa foram progressivamente reduzindo os ganhos, chegando a zerar a alta durante a manhã. A DASA3 fechou com queda de 10,21%, a R$ 4,22.

Na perspectiva de Alexandre Pletes, head de renda variável da Faz Capital, alguns fatores apontaram para a viração das ações durante a sessão. Segundo ele, em primeiro lugar, está o movimento “compra no boato, vende no fato”.

Em segundo lugar, ele aponta que a visão de que o processo de desalavancagem da Dasa é um dos principais trunfos da companhia com a operação, especialmente considerando o tamanho da transação.

“A Dasa deve se beneficiar, mas essa redução de alavancagem não se dá do dia para a noite, é bem demorada, e com a curva de juros lá em cima talvez a reestruturação demore um pouco mais. De qualquer forma, o movimento de mercado foi visto como positivo”, avaliou ele, de acordo com o “InfoMoney”.

Fusão Amil e Dasa (DASA3): 5 hospitais do Nordeste ficam de fora

Dasa (DASA3) anunciou, nesta sexta-feira (14), a fusão de seus hospitais com os da Amil. Ambas as empresas, porém, deixaram unidades de fora do acordo, todas da região Nordeste.

A Amil deixou de fora os hospitais Promoter, em Natal, e Monte Klinikum, em Fortaleza – mercados onde tem uma grande carteira local. A Dasa (DASA3), por sua vez, excluiu o São Domingos, no Maranhão, o Hospital da Bahia e a Clínica AMO, também na Bahia – e disse que deve vender esses ativos para continuar sua desalavancagem.

O acordo propõe a transformação da Ímpar, unidade de centros hospitalares e oncologia da Dasa (DASA3), em uma joint venture,na qual ambas as empresas terão participações iguais de 50% do capital votante e controle compartilhado.