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Eletrobras (ELET3) conclui captação de R$ 10,9 bilhões

A companhia levantou R$ 4 bilhões, com prazo de dois anos para pagamento, em uma captação financeira no exterior junto ao Citibank

Eletrobras
Foto: Divulgação

A Eletrobras (ELET3) comunicou, na última quarta-feira (19), que concluiu a captação de R$ 10,9 bilhões em operações junto ao Citibank e emissão de debêntures por sua subsidiária Chesf, além da liquidação de notas comerciais.

A companhia levantou R$ 4 bilhões, com prazo de dois anos para pagamento, em uma captação financeira no exterior, contratada junto ao Citibank.

Já a Chesf captou R$ 4,9 bilhões em meio a 3ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária.

A Eletrobras (ELET3) levantou ainda R$ 2 bilhões em notas comerciais com um prazo de 730 dias corridos a partir da data de emissão.

Os pagamentos serão efetuados em parcelas semestrais, começando em 15 de dezembro de 2024 e terminando na data de vencimento, em 15 de junho de 2026, exceto em casos de resgate ou liquidação antecipada.

Esquema dos irmãos Batista: Eletrobras adquirida e dívidas repassadas

Um suposto esquema que liga os irmãos Batista ao Governo Federal em uma nova MP (medida provisória), divulgada no Diário Oficial da União (DOU) na última quinta-feira (13), acendeu um alerta no mercado.

Três dias após a holding dos irmãos Batista, J&F Investimentos, adquirir conjunto de térmicas a gás da Eletrobras (ELET3), o Governo , por meio de um novo decreto, fez mudanças nas regras de produção de energia elétrica, que realoca a obrigação de dívidas das distribuidoras de energia para os consumidores.

A medida favorece a recente compra da J&F pelas térmicas da Eletrobras (ELET3), cujo acordo incluía a obtenção da Amazonas Energia que carrega uma inadimplência na conta de energia em torno de R$ 450 milhões por trimestre.

A MP sinaliza que quando uma nova empresa assume a concessão de energia, em casos de extinção da outorga relacionada à produção independente de energia elétrica em Sistemas Isolados, os custos e obrigações associados a essas atividades, incluindo eventuais dívidas ou responsabilidades financeiras, serão transferidos para o agente vencedor da licitação que suceder a prestação do serviço.

A forma como esses custos serão tratados e eventualmente repassados aos consumidores dependerá das negociações, contratos e regulações do setor elétrico estabelecidas pelas autoridades competentes, como a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Esse custo extra geralmente é repassado para os consumidores na forma de tarifas mais altas na conta de luz. Em outras palavras, se a nova empresa tiver que gastar mais para assumir a operação, esses custos podem acabar sendo transferidos para os consumidores.