Crédito

Eletrobras (ELET3) mantém nota ‘AA’ na Fitch, mas visão é pessimista

O rating nacional também foi estabelecido em “AA” tanto para a Eletrobras quanto para sua subsidiária Chesf.

Eletrobras
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A Fitch reiterou, nesta segunda-feira (27), a nota de crédito da Eletrobras (ELET3) em “AA”, mas com perspectiva negativa. A decisão da agência de classificação de risco é reflexo de sua expectativa de geração de caixa adicional modesta decorrente da venda de energia não contratada, mesmo com a melhoria recente nos preços.

Apesar das expectativas de melhores preços de energia e possíveis sinais da privatização da Eletrobras (ELET3), a Fitch prevê que o caixa livre seguirá no vermelho.

Para 2024, é esperado que o fluxo de caixa operacional chegue a R$ 5,7 bilhões, e cresça para R$ 6,3 bilhões em 2025.

Avaliação da Fitch tem baixas expectativas

Segundo relatório divulgado nesta segunda-feira, a nota de crédito de longo prazo em moeda estrangeira se mantém em “BB-”, aplicável às emissões internacionais.

O rating nacional também foi estabelecido em “AA” tanto para a Eletrobras quanto para sua subsidiária Chesf.

Além disso, a projeção para o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 14,2 bilhões para 2024 e de R$ 13,3 bilhões para 2025.

A avaliação da Fitch leva em consideração a diversidade de ativos da companhia, que dilui riscos regulatórios e operacionais.

Contudo, a alavancagem deve continuar alta, chegando a um pico de cinco vezes em 2025. Segundo o “Suno”, esse risco é atenuado especialmente pela forte liquidez e um cronograma de vencimento da dívida administrável.

Eletrobras (ELET3): trabalhadores devem aprovar estado de greve

Trabalhadores da Eletrobras (ELET3) marcaram para esta segunda-feira (27) uma AGE (Assembleia Geral Extraordinária) em que decidirão sobre a realização de uma greve a partir do dia 3 de junho.

A convocação da greve é uma resposta à proposta final da empresa sobre o ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) divulgada na sexta-feira (24).

A empresa voltou atrás na decisão que implicaria em corte no salário de empregados que ganham abaixo de R$ 16 mil, mas manteve os cortes individuais para quem recebe acima desse valor. Não houve avanços quanto ao reajuste salarial, que devem permanecer congelados por dois anos.