'Falta grave'

Eletrobras (ELET6) adverte conselheiro por vazamento de conversas

Esta é a terceira sanção imposta ao conselheiro em um intervalo inferior a 30 dias

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A Eletrobras (ELET6) informou ao mercado que seu Conselho de Administração decidiu, por unanimidade, aplicar uma advertência ao conselheiro Marcelo Gasparino da Silva.

Esta é a terceira sanção imposta ao conselheiro em um intervalo inferior a 30 dias, motivada pelo “cometimento de falta grave” e pela repetição de atitudes contrárias à Lei das S.A. (Lei nº 6.404/76) e aos regulamentos internos da empresa.

De acordo com o comunicado, a primeira advertência foi emitida em 28 de março, em resposta a postagens feitas por Gasparino em seu perfil pessoal no LinkedIn nos dias 23, 24, 25 e 26 daquele mês.

A Eletrobras alega que as publicações não refletem os fatos registrados em atas, desrespeitam o sistema de governança corporativa da companhia, divulgam informações sem comprovação concreta e podem causar prejuízos à imagem e à reputação da empresa.

Nova advertência por divulgação de conteúdo confidencial da Eletrobras

Em 16 de abril, o conselheiro Marcelo Gasparino da Silva recebeu uma nova advertência da Eletrobras por publicações feitas em seu perfil pessoal no LinkedIn nos dias 10, 11, 12 e 13 do mesmo mês.

A infração foi classificada como de gravidade média, considerando a reincidência e a exposição de informações consideradas confidenciais. A repetição do comportamento agravou a penalidade, segundo avaliação do Conselho.

A terceira advertência, comunicada no sábado (26), refere-se a uma nova publicação feita em 25 de abril. Desta vez, a infração foi enquadrada como grave, mais uma vez por reincidência, mas também pela natureza sensível do material compartilhado com uma pessoa externa à companhia.

A destinatária da informação, segundo o comunicado oficial, é uma jornalista da Folha de S. Paulo, cuja troca de mensagens com o conselheiro foi publicada por ele em rede social. “Como a Folha de S. Paulo não retirou do ar a dolosa matéria que me cita, peço que leiam a íntegra da conversa, e cheguem as suas próprias conclusões”, escreveu Gasparino.

Os prints divulgados pelo próprio conselheiro indicam que ele teria repassado documentos sigilosos à repórter e, posteriormente, solicitado a inclusão de determinados pontos em uma nota sobre o tema.

O Conselho de Administração também anexou ao comunicado um relatório em que aborda o impacto reputacional do episódio, mencionando a repercussão na imprensa e destacando uma nota de repúdio da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), em resposta à exposição pública da repórter envolvida.