
A Embraer (EMBJ3) reportou lucro líquido ajustado de R$ 289,4 milhões no terceiro trimestre de 2025 (3T25), uma queda de 76,4% em relação ao mesmo período de 2024. Os resultados foram divulgados na manhã desta terça-feira (4).
O Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 1,28 bilhão, recuo de 35,4% na comparação anual. A margem Ebitda ajustada ficou em 11,7%, redução de 9,4 pontos percentuais frente ao 3T24.
Apesar da retração nos lucros, a receita líquida avançou 15,8%, totalizando R$ 10,87 bilhões entre julho e setembro. Já o Ebit ajustado atingiu R$ 927,2 milhões, alta de 17,6% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
Investimentos e resultados consolidados
A Embraer investiu, de forma individual, R$ 575,3 milhões no trimestre, abaixo dos R$ 629,2 milhões registrados no 3T24.
O montante inclui R$ 210,7 milhões em despesas de capital (capex), R$ 53,6 milhões em adições ao Pool Program (peças de reposição), R$ 241,8 milhões em ativos intangíveis e R$ 69,2 milhões em pesquisa e desenvolvimento.
A Eve, subsidiária da companhia focada em mobilidade aérea, aportou R$ 260,4 milhões no período, valor bem acima dos R$ 142,4 milhões do mesmo intervalo de 2024.
Desse total, R$ 30,6 milhões foram destinados a capex, R$ 206,5 milhões a intangíveis e R$ 23,3 milhões a pesquisa.
Somadas, Embraer e Eve investiram R$ 835,7 milhões no 3T25, ante R$ 771,6 milhões um ano antes.
Recorde na carteira de pedidos
A carteira total de pedidos firmes da Embraer alcançou US$ 31,3 bilhões, o maior valor da história da companhia.
O fluxo de caixa livre ajustado da Embraer foi de R$ 1,6 bilhão no trimestre. Em 30 de setembro de 2025, a dívida líquida da empresa era de R$ 1,05 bilhão, queda de 68% em relação ao 3T24.
Com isso, o índice de alavancagem financeira (dívida líquida/Ebitda ajustado) recuou para 0,4 vez, redução de 0,9 ponto percentual ante o mesmo período do ano anterior.