A Embraer (EMBR3) entregou 57 aeronaves no terceiro trimestre, marcando um crescimento de 33% em relação ao mesmo período do ano passado e de 24% em comparação ao trimestre anterior. Dentre as entregas, 41 foram jatos executivos e 16, comerciais.
Além disso, a divisão de defesa entregou duas aeronaves multimissão C-390 Millennium, que não estão incluídas no total geral das entregas.
A carteira de pedidos firmes (“backlog”) da Embraer alcançou US$ 22,7 bilhões ao final do terceiro trimestre, um aumento de 27% em relação ao ano anterior, estabelecendo um recorde em nove anos.
O maior crescimento ocorreu na divisão de defesa, que teve um avanço de 69%, totalizando US$ 3,6 bilhões. A aviação comercial também se destacou, com um aumento de 29%, alcançando R$ 11,1 bilhões, enquanto a divisão de serviços e suporte cresceu 27%, chegando a US$ 3,5 bilhões.
Por outro lado, a aviação executiva viu um crescimento mais modesto de 3% na carteira de pedidos, totalizando US$ 4,4 bilhões. No acumulado do ano, a Embraer já entregou 128 unidades, em comparação às 105 do mesmo período em 2023.
Embraer (EMBR3): BBi destaca 3 usos para o novo aporte de US$ 70 mi
A Embraer (EMBR3) anunciou nesta semana o investimento de US$ 70 milhões (R$ 396 milhões) destinados à construção de uma nova instalação de MRO (manutenção, reparo e operações) em Fort Worth, Texas. Para o Bradesco BBI esse aporte parece marginal, mas os analistas destacaram 3 aplicações importantes.
A primeira delas é o fato de que a localização da instalação de MRO apoiará fortemente as operações da American Airlines, um cliente estratégico da Embraer nos EUA. O segundo ponto é que o BBI enxerga a MRO como uma vaca leiteira e deve contribuir para aumentar as receitas recorrentes.
Nos cálculos do banco, essas receitas combinadas com a expansão da subsidiária OGMA em Portugal, devem resultar em receitas incrementais de US$ 575 milhões por ano ou 41% de crescimento anual dos números da Embraer.
Por último, a equipe do BBI acredita que o investimento deve ter um impacto positivo. A nova instalação da Embraer visa atender sua crescente frota de E-jets nos EUA.
Haverá duas etapas de construção: um hangar existente será utilizado na primeira e deverá contribuir com receitas a partir do 2T25. Já a segunda fase se refere à construção de uma instalação de última geração a ser concluída até 2027.