Ebitda sobe 165,7%

Embraer (EMBR3) vê prejuízo crescer 6,7 vezes e vai a R$ 428,5 mi

Dívida líquida da Embraer sobe com queima de caixa, mas carteira de pedidos segue robusta

Embraer (EMBR3)(Foto: Reprodução Facebook)
Embraer (EMBR3)(Foto: Reprodução Facebook)

A Embraer (EMBR3) iniciou 2025 com resultados mistos: embora tenha registrado um avanço expressivo nas receitas e na rentabilidade operacional, o trimestre terminou no vermelho.

A fabricante brasileira de aeronaves reportou um prejuízo líquido ajustado de R$ 428,5 milhões entre janeiro e março, número que representa uma elevação de 574,8% em relação ao prejuízo registrado no mesmo período de 2024.

Apesar do resultado negativo na última linha do balanço, os indicadores operacionais apresentaram forte desempenho.

A receita líquida da companhia alcançou R$ 6,405 bilhões no 1º trimestre, avanço de 44% na comparação anual.

O Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) saltou para R$ 620,6 milhões, com crescimento de 165,7% frente ao mesmo intervalo do ano passado.

Com isso, a margem Ebitda ajustada chegou a 9,7%, subindo 4,4 pontos percentuais em relação ao 1T24. Já o EBIT ajustado (lucro operacional) foi de R$ 359,2 milhões, com margem de 5,6%.

Dívida líquida da Embraer sobe com queima de caixa

A Embraer encerrou o primeiro trimestre de 2025 com uma dívida líquida (excluindo a Eve) de R$ 2,7 bilhões, uma alta significativa em relação aos R$ 684,6 milhões registrados em dezembro de 2024.

O aumento foi provocado principalmente por um consumo de caixa de R$ 2,3 bilhões no período, atribuído, segundo a empresa, a necessidades de capital de giro para viabilizar um volume maior de entregas de aeronaves ao longo do ano.

Mesmo diante da pressão sobre o caixa, a companhia viu sua carteira de pedidos firmes atingir US$ 26,4 bilhões no fim de março. Os investimentos da Embraer no trimestre somaram R$ 433,7 milhões.

Em termos de liquidez, o caixa consolidado totalizou R$ 9,88 bilhões ao fim de março, retração frente aos R$ 15,7 bilhões registrados no encerramento de 2024. A queda reflete tanto o consumo operacional como a variação na posição financeira líquida.

Apesar do aumento recente, o endividamento líquido da empresa ainda representa uma melhora substancial frente ao primeiro trimestre de 2023, quando o indicador era de R$ 5,24 bilhões — queda de 48,7% na comparação anual.