Processo de fusão

Eneva (ENEV3) pagará acionistas da Focus após acordo de R$ 72 mi

Acordo colocou fim no procedimento arbitral que a Focus enfrentava nos EUA, com crescimento de US$ 72 milhões a titulo de indenização

Eneva
Foto: Divulgação

A Eneva (EVE3) anunciou o pagamento a acionistas da Focus Energia em quatro parcelas, entre 24 de setembro de 2024 e 23 de junho de 2025, após acordo de US$ 72 milhões a titulo de indenização que colocou fim no procedimento arbitral que a Focus enfrentava nos EUA.

Após o recebimento do valor do acordo, a quantia devida aos acionistas Focus deverá ser paga em até 15 dias úteis, segundo o comunicado, em caso de saldo positivo. O valor contará com deduções de tributos e despesas incorridas pela Eneva no processo, como honorários de advogados, custos técnicos, dentre outros.

Na primeira parcela recebida, a Eneva esclarece que as despesas comprovadamente incorridas e apuradas até a presente data superaram o valor efetivamente recebido na Parcela 1.

Já os montantes exatos referentes às próximas parcelas serão divulgados no momento do pagamento das futuras parcelas.

A Eneva anunciou a aquisição da Focus Energia por cerca de R$ 960 milhões em 2022. Com o acordo, a empresa assumiu a carteira de clientes e o portfólio de projetos renováveis da Focus, que na época somavam 3,7 gigawatts-pico (GWp).

Segundo os termos acordados, os acionistas da Focus receberam R$ 715 milhões em dinheiro mais ações da Eneva.

Outra parte do pagamento, chamada de “parcela contingente” estava condicionada ao recebimento, pela Eneva ou por controlada dela, até 31 de dezembro de 2027, de valores e/ou créditos, líquidos de tributos e despesas, oriundos de procedimento arbitral nos EUA.

Eneva (ENEV3) levanta R$ 3,2 bilhões em oferta de ações

Eneva (ENEV3) arrecadou R$ 3,2 bilhões em sua recente oferta subsequente de ações ordinárias (follow-on), com cada papel precificado a R$ 14. 

Esse valor ficou praticamente alinhado ao fechamento do mercado da quinta-feira, quando as ações estavam cotadas a R$ 13,95.

Os recursos captados serão destinados para impulsionar projetos de geração de energia, ampliar a exploração de gás natural, além de possibilitar futuras fusões e aquisições, conforme informações da própria empresa.

Reconhecida como um dos principais investidores independentes no setor de gás natural no Brasil, a operação foi liderada pelo BTG Pactual, com o apoio de Itaú BBA e Bradesco BBI.