Ações saltam

Frasle (FRAS3) anuncia maior aquisição de sua história, por R$ 2,1 bi

A empresa do grupo Randoncorp comprou a produtora de autopeças mexicana Kuo Refacciones, de olho na onda do nearshoring

Frasle
Foto: Divulgação

A Frasle Mobility (FRAS3), do grupo Randoncorp, anunciou a maior aquisição de sua história: a empresa de autopeças mexicana Kuo Refacciones, por R$ 2,1 bilhões.

Com o anúncio, as ações da empresa saltaram nesta terça-feira (25). Por volta das 13h20 (horário de Brasília), os papéis avançavam 6,01%, cotados a R$ 19,04.

A compra faz parte do plano intitulado Projeto Maia, que olha para um mercado de 55 milhões de veículos da frota mexicana, liderança na América Latina e com acesso ao mercado consumidor dos EUA.

O pagamento será feito parte com caixa e parte com dívida, mas ainda podem ocorrer mudanças. Segundo a empresa, mesmo com a emissão de novas dívidas, a alavancagem da Frasle (FRAS3) não deve ultrapassar 1,5x. 

Sérgio Carvalho, CEO da Frasle e da Randoncorp, disse ao Brazil Journal que a movimentação, além de acrescentar R$ 1,4 bilhão ao faturamento anual da empresa, permite o aproveitamento da onda do nearshoring – investimentos em países vizinhos.

“Vemos uma oportunidade muito grande, já que o sentimento anti-chinês dos americanos está muito forte,” disse Carvalho.

Líder no México, a Kuo faturou R$ 1,4 bilhão em 2023, com um Ebitda ajustado de R$ 313 milhões e margem de 21%. Além de motores e freios das marcas TF Victor, Moresa e Fritec, é dona da marca de distribuição Dacomsa, uma das maiores do país.

Adnoc caminha para maior aquisição da Europa em 2024

A petroleira de Abu Dhabi Adnoc está avançando nas negociações com a alemã Covestro, listada na bolsa de Frankfurt. O avanço aconteceu após a Adnoc concordar em aumentar sua oferta de € 60 para € 62 por ação (o equivalente a € 14,4 bilhões).

Se for fechada nesses termos, será a maior aquisição da Europa em 2024 e a maior compra em dinheiro da história do setor químico.

Segundo a Covestro, a oferta de € 62 é o “ponto de partida” para se chegar a um acordo. O valor, portanto, pode subir ainda mais.

A Covestro fazia parte da Bayer até 2015, quando se tornou uma empresa independente para dar início a um processo de IPO, deixando de ter um controlador e mudando também o seu nome.

Produtora de químicos usados na cadeia do plástico, a empresa tem entre seus concorrentes a BASF e a Braskem (BRKM5), além da saudita Sabic, que chegou a se interessar pela petroquímica brasileira.

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