A aquisição da empresa mexicana de autopeças Kuo Rafacciones pela Frasle Mobility (FRAS3), anunciada na segunda-feira (25), fez os papéis FRAS3 dispararem mais de 6% na B3 (B3SA3).
Por volta das 16h46 (horário de Brasília), as ações da Frasle Mobility (FRAS3) avançaram 6,29%, cotadas a R$ 19,09.
No mês, os papéis acumulam ganhos de 6,7%, ao passo que no acumulado do ano, a alta é de 12,5%. Os grandes bancos e corretoras avaliam o negócio como positivo e ainda enxergam espaço para uma valorização maior.
Na perspectiva do BTG Pactual (BPAC11), esse é um bom momento para inserir a Frasle na carteira. O banco tem recomendação de compra para as ações e preço-alvo de R$ 23,00. O valor responde a um potencial de valorização de cerca de 27% em relação ao fechamento no pregão anterior.
“Sendo a Moresa a marca líder de componentes de motores no México, a Frasle está preparada para explorar oportunidades de mercado, concentrando-se inicialmente nos EUA devido ao seu maior potencial de mercado”, apontaram analistas do BTG, de acordo com o “Seu Dinheiro”.
“Com uma relação P/L [preço sobre lucro] de 10,5x para 2025, FRAS3 é uma opção sólida no setor automotivo, sustentada por uma marca forte, trajetória de crescimento impressionante e oportunidades promissoras por meio de fusões, aquisições e avanço tecnológico”, pontuou o BTG.
Frasle (FRAS3) anuncia maior aquisição de sua história, por R$ 2,1 bi
A Frasle Mobility (FRAS3), do grupo Randoncorp, anunciou a maior aquisição de sua história: a empresa de autopeças mexicana Kuo Refacciones, por R$ 2,1 bilhões.
A compra faz parte do plano intitulado Projeto Maia, que olha para um mercado de 55 milhões de veículos da frota mexicana, liderança na América Latina e com acesso ao mercado consumidor dos EUA.
O pagamento será feito parte com caixa e parte com dívida, mas ainda podem ocorrer mudanças. Segundo a empresa, mesmo com a emissão de novas dívidas, a alavancagem da Frasle (FRAS3) não deve ultrapassar 1,5x.
Sérgio Carvalho, CEO da Frasle e da Randoncorp, disse ao Brazil Journal que a movimentação, além de acrescentar R$ 1,4 bilhão ao faturamento anual da empresa, permite o aproveitamento da onda do nearshoring – investimentos em países vizinhos.