A Gafisa (GFSA3) protocolou, nesta segunda-feira (7), o pedido de registro de follow-on (sua oferta subsequente de ações). Segundo fato relevante divulgado ao mercado, serão emitidas 1.345.756 ações ordinárias, com preço por ação fixado em R$ 20,00, totalizando uma operação avaliada em R$ 26,91 milhões.
A possibilidade de um follow-on vinha sendo discutida desde 2022, quando surgiram rumores após a companhia trocar de CEO e realizar um grupamento de ações. De acordo com a Exame, a empresa já testava o mercado com a oferta de novos papéis.
Na ocasião, quem havia assumido o comando era Carlos Henrique Blecher, que deixou a companhia em janeiro de 2023, dando lugar a Sheyla Resende, atual diretora-presidente da Gafisa.
Segundo o Pipeline, do Valor Econômico, o objetivo da oferta é “fortalecer a estrutura de capital e financiar investimentos”.
O documento da oferta aponta ainda que a quantidade inicial de ações poderá ser acrescida em até 300% do total inicialmente ofertado — o que equivale a até 4.037.268 ações ordinárias adicionais e, consequentemente, até 4.037.268 bônus de subscrição.
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“Para cada 1 (uma) ação subscrita no âmbito da oferta, o investidor subscritor receberá 1 (um) bônus de subscrição”, destaca o comunicado.
Gafisa: acionista e desempenho financeiro
O principal acionista da Gafisa é o empresário Nelson Tanure. Em 2022, quando os rumores sobre o follow-on começaram a circular, uma fonte próxima ao assunto afirmou ao Pipeline que a expectativa era de que o acionista assegurasse boa parte da subscrição.
Atualmente, a Gafisa possui valor de mercado de R$ 128,15 milhões. No ano, as ações acumulam queda de 17,89%, cotadas a R$ 19,05 no fechamento da última sexta-feira (4).
No primeiro trimestre de 2025, a empresa reportou lucro líquido de R$ 21,1 milhões, representando um avanço de 6,6% na comparação anual. Já a receita líquida somou R$ 226,8 milhões no período, uma queda de 10,6% em relação ao ano anterior.
