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As ações preferenciais da Gerdau (GGBR4) dispararam nesta segunda-feira (10), com os investidores repercutindo as políticas tarifárias nos EUA mencionadas por Donald Trump no fim de semana. O republicano afirmou que pretende impor taxas de 25% sobre as importações de aço e alumínio de todos os países.
Como a Gerdau mantém produção em solo norte-americano, seus produtos seriam beneficiados por eventuais taxações, tornando seus preços mais competitivos.
As ações da companhia fecharam em alta de 5,21%, cotadas a R$ 17,57.
Na perspectiva do analista Igor Guedes, da Genial Investimentos, a Gerdau seria uma das maiores beneficiadas, já que detém 40% de suas operações nos EUA.
Em relatório, o especialista mencionou que as tarifas poderiam auxiliar a proteção do setor siderúrgico diante da crescente penetração do aço importado, que atingiu quase 30% do consumo aparente no fim de 2024.
“A melhora na competitividade deve ajudar as usinas locais, como a Gerdau, a recompor margens nos EUA. Nos últimos seis meses, acompanhamos diversos descontos aplicados pelas usinas americanas aos seus clientes, além de mudanças de mix para enfrentar a concorrência”, disse Guedes, de acordo com o Valor.
Já na visão do BTG Pactual (BPAC11), a Gerdau é uma beneficiária natural no contexto de tarifação norte-americana, mas o cenário exige cautela. “Destacamos que os fundamentos do setor siderúrgico brasileiro se deterioraram ultimamente, com descontos relevantes nos preços de vergalhões entre 4% e 5% em janeiro, o que deve impactar a dinâmica de resultados no curto prazo. Embora a reação inicial possa ser ‘cobrir’ as posições ‘short’ (vendidas) ou buscar operações de curto prazo, recomendamos alguma cautela”, completaram os analistas.
Itaú BBA avalia impactos das tarifas de Trump sobre a Gerdau (GGBR4)
O anúncio de taxação de 25% que recairá sobre o Brasil para o aço exportado aos EUA deve gerar benefícios à Gerdau (GGBR4), caso elas de fato se concretizem, avaliou o Itaú BBA.
“Se realmente houver aumento das tarifas nesses valores, isso é notícia positiva para os produtores locais – incluindo a Gerdau U.S”, apontaram os analistas do Itaú BBA.
O banco calculou que o Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – consolidado da Gerdau deve aumentar quase R$ 1,4 bilhão para cada aumento de 5% no preço médio de venda da Gerdau nos EUA (para todo o portfólio).