
A Gerdau (GGBR4) anunciou a aprovação de sua 19ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, no valor total de R$ 1,375 bilhão. A decisão foi tomada em reunião da Diretoria realizada nesta terça-feira (13). Os recursos líquidos obtidos com a operação serão destinados à gestão ordinária dos negócios da companhia, conforme comunicado oficial.
A emissão será realizada por meio de oferta pública, utilizando o rito de registro automático de distribuição, conforme estabelecido pela Resolução CVM nº 160, de 13 de julho de 2022.
Detalhes da emissão de debêntures da Gerdau
A colocação contará com a intermediação de instituições financeiras integrantes do sistema de distribuição de valores mobiliários e ocorrerá sob o regime de garantia firme de colocação para a totalidade dos valores captados. O público-alvo da oferta são investidores profissionais.
A Gerdau (GGBR4) é uma das principais produtoras de aço do Brasil, com presença significativa em diversos segmentos da indústria e da construção civil. A captação de recursos via debêntures é uma estratégia comum utilizada por empresas para financiar suas operações, investimentos e reforçar o capital de giro.
A empresa não divulgou detalhes adicionais sobre prazos, remuneração ou vencimento dos títulos, informações que deverão ser disponibilizadas no prospecto da oferta.
Gerdau considera reduzir investimentos no Brasil a partir de 2026
O presidente da Gerdau (GGBR4), Gustavo Werneck, admitiu em entrevista coletiva nesta terça-feira (29), que a companhia cogita reduzir investimentos no Brasil a partir de 2026. Segundo o executivo, há uma dificuldade de diálogo entre diferentes setores da indústria do aço no país, o que dificulta a produção e ganhos no produto final.
Werneck ainda elenca o desmonte da reforma trabalhista e o caótico sistema tributário como desencorajador no cenário nacional. “O futuro da indústria brasileira nos preocupa muito” alerta o CEO (presidente-executivo) da Gerdau.
Apesar das dificuldades, o executivo não descartou o projeto de R$ 6 bilhões em investimentos para o território nacional em 2025. “Nós temos um balanço saudável que nos permite manter o nível de investimento, mas estamos questionando se faz sentido manter esse nível de atividade aqui no Brasil”, explicou.