Mercado de aço

Gerdau (GGBR4): CEO associa exportações chinesas a impactos negativos

Executivos elogiaram a decisão do governo de aumentar o imposto de importação de 11 tipos de produto do aço

Gerdau (GGBR4)
Gerdau (GGBR4) / Foto: Divulgação

O CEO da Gerdau (GGBR4), maior produtora de aço brasileira, afirmou que o aumento das exportações chinesas da commodity durante o primeiro trimestre de 2024 é o principal fator de “impacto negativo” nos negócios da companhia.

Durante teleconferência nesta sexta-feira (3), Gustavo Werneck explicou que a perna do protagonismo dos segmentos de infraestrutura e construção civil na China impulsionou a venda de produtos siderúrgicos chineses para fora daquele país.

“As exportações de aço (da China) aumentaram 25% em março. No trimestre foi 31%. Isso tem impactado negativamente o mercado de aço, uma vez que o excedente de aço destinado à exportação tem sido subsidiado pelo governo chinês”, pontuou.

Apesar das críticas, os executivos da Gerdau (GGBR4) elogiaram as medidas anunciadas em abril pelo Executivo para inibir as importações de produtos siderúrgicas. O governo aumentou o imposto de importação de 11 tipos de produto do aço.

Com a decisão, a alíquota para compra desses itens no exterior passou a ser de 25%. Antes, as tarifas variavam de 9% a 12,6%.

Gerdau (GGBR4): JP Morgan eleva recomendação e preço-alvo

A recomendação para os papéis preferenciais da Gerdau (GGBR4) e da Metalúrgica Gerdau (GOAU4) foram elevadas de “neutra” para “compra” pelo JP Morgan. Junto a isso, o preço-alvo também subiu de R$ 25,50 para R$ 30,50 e de R$ 11 para R$ 13, respectivamente.

“Depois de um 2023 muito desafiador, acreditamos que 2024 será um ponto de inflexão”, escreveram os analistas Rodolfo Angele e Tathiane Martins Candini, no relatório do JP Morgan sobre a Gerdau.

Eles consideram que o pior momento da empresa em operações no Brasil já foi superado e ambas se “manterão fortes” na América do Norte, de acordo com o “Estadão”.

“A Gerdau é nossa nova escolha líder em aços na América Latina, seguida pela Ternium e por último pela Usiminas (USIM5)”, completou a equipe.

Os analistas do JP Morgan também veem que a diretoria da Gerdau “está avançando” em programas de impulso à geração de caixa, com um ambicioso plano de redução de custos, mais espaço para trabalhar com investimentos.