A companhia Aérea Gol (GOLL4) divulgou nesta segunda-feira (24) compromisso de investimento da parte de alguns adquirentes das ações da empresa. A previsão é para um montante de até US$1,25 bilhões recebidos, como parte da estratégia de recuperação judicial da empresa.
O investimento faz parte de um valor maior, próximo a US$1,9 bilhão, em instrumentos de dívida, os quais serão emitidos em outra etapa do plano de reestruturação da companhia. Essas formas de financiamento são conhecidas como “exit financing”, onde a empresa possui uma fonte de capital para operar, pagar dívidas e cobrir despesas.
A Gol afirmou que, além desses financiamentos, está estudando transações “alternativas que sejam viáveis e competitivas”, que incluem “tanto a contratação ou emissão de novas dívidas pela companhia, quanto eventuais investimentos em participação acionária direta ou indiretamente”.
Gol (GOLL4): Corte de NY marca audiência sobre plano de reestruturação
A audiência de confirmação do plano de reestruturação financeira proposto pela Gol (GOLL4) foi marcada pelo juiz da corte de falências de Nova York para o dia 20 de maio, conforme documento assinado na terça-feira (18).
Durante a audiência, o magistrado decidirá se aprova ou não a proposta da companhia aérea para sair do Chapter 11 – processo de recuperação judicial nos EUA. A Gol iniciou o processo em janeiro do ano passado.
A audiência na Corte em Nova York, em que o juiz responsável pelo caso, Martin Glenn, ouviu a empresa e a parte credora, ocorreu na segunda-feira (17).
O plano da empresa teve objeções de quatro credores e o magistrado permitiu que a Whitebox Advisors, gestora dos EUA que tem títulos de dívida da Gol, apresente documentos com informações confidenciais e que não vão se tornar públicas até o fim do Chapter 11, segundo o “InfoMoney”.
O questionamento da gestora foi sobre a troca de títulos de dívida pela Gol, que teria buscado garantias mais caras para os ativos. As partes que levantaram objeções após novas investigações na Gol e afiliadas devem apresentar os documentos na Corte em Nova York até o dia 6 de maio.