Confira a data

Gol (GOLL54) recebe prazo da B3 para sair da condição de penny stock

A possibilidade de a companhia precisar adotar medidas para se enquadrar já vinha sendo comentada no mercado

GOL
Foto: Gol/Divulgação

Com ações cotadas a menos de R$ 1, a Gol (GOLL54) recebeu da B3 (B3SA3) um prazo até 29 de janeiro de 2026 para se adequar às regras que proíbem a negociação de penny stocks — papéis abaixo de R$ 1.

A possibilidade de a companhia precisar adotar medidas para se enquadrar já vinha sendo comentada no mercado, segundo o MoneyTimes. Em comunicado, a Gol não detalhou quais providências pretende tomar, mas afirmou que “manterá os acionistas e o mercado em geral devidamente informados”.

Gol e Azul encerram fusão e acordo de codeshare no Brasil

As companhias aéreas Gol (GOLL54) e Azul (AZUL4) anunciaram o encerramento das negociações para uma possível fusão.

Em comunicados divulgados na noite de quinta-feira (25), as empresas também confirmaram a rescisão do acordo de codeshare, firmado em maio de 2024 para integrar suas malhas aéreas no país.

O processo começou em janeiro, quando a Abra, controladora da Gol, e a Azul assinaram um memorando de entendimentos.

Segundo a holding, as conversas não avançaram devido ao foco da Azul em seu processo de Chapter 11 nos EUA.

“As partes não tiveram discussões significativas ou progrediram em uma possível operação de combinação de negócios por vários meses”, informou a Abra.

Apesar do encerramento da parceria, as companhias garantiram que todos os bilhetes emitidos seguem válidos.

O desfecho frustra a expectativa de criação da maior companhia aérea do país. Dados da Anac, referentes a agosto, mostram a Latam na liderança, com 41,1% do mercado, seguida pela Gol (30,1%) e pela Azul (28,4%).

Em setembro, o Cade havia alertado sobre riscos de anúncios prematuros de fusões e cobrado das empresas a formalização do codeshare. A previsão era de que uma eventual operação conjunta só pudesse começar em 2026, após análise regulatória.

Enquanto a Azul registrou lucro líquido de R$ 1,29 bilhão no segundo trimestre, revertendo prejuízo de 2024, a Gol reduziu perdas para R$ 1,5 bilhão e saiu da recuperação judicial em junho.