Alta de 22,9% na receita

Gol (GOLL54) tem queda de 60,8% no prejuízo no 2TRI25, para R$ 1,532 bi

A Gol apresentou alta de 22,9% na receita líquida, totalizando R$ 4,8 bilhões, impulsionada principalmente pelo transporte de passageiros

Foto: Gol/Divulgação
Foto: Gol/Divulgação

A companhia aérea Gol (GOLL54), que concluiu recentemente seu processo de recuperação judicial nos EUA, reportou um prejuízo líquido de R$ 1,532 bilhão no segundo trimestre de 2025 (2T25). O valor corresponde a uma redução de 60,8% frente ao prejuízo de um ano antes.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente somou R$ 1,134 bilhão no 2T25, um crescimento de 67,7% em relação ao 2T24.

A margem Ebitda recorrente ficou em 23,4% entre abril e junho deste ano, equivalente a alta de 6,3 p.p. frente à margem registrada no 2T24.

A Gol também apresentou alta de 22,9% na receita líquida, totalizando R$ 4,8 bilhões, impulsionada principalmente pelo transporte de passageiros, que cresceu 24,1%. Segundo o InfoMoney, o desempenho reflete o aumento de 19,2% do ASK (assentos-quilômetro disponíveis), resultado da expansão da frota e da maior oferta de voos, aliado à elevação de 3,0% do RASK (receita por assento-quilômetro), que chegou a 42,5 centavos. O movimento mostra a capacidade da companhia de capturar e aumentar a rentabilidade.

Desempenho financeiro

No 2T25, os custos totais subiram 20,4%, impactados pela desvalorização cambial. O CASK (custo por assento-quilômetro disponível) foi pressionado pelo dólar, pela maior depreciação devido a investimentos para recuperação da frota e pelo aumento nas despesas de manutenção, incluindo remoções não programadas de motores LEAP e provisões de custos End of Lease para devoluções futuras.

Ações da Gol avançam 300% na estreia de novos tickers

As ações da Gol dispararam em 300% na estreia dos tickers (códigos de negociação dos ativos) GOLL53 e GOLL54, disse o E-Investidor. Esta quarta-feira (12) também foi o início de uma nova forma de negociação de ações.

Após finalizar o processo de recuperação judicial do Chapter 11, a companhia aérea tomou duas medidas para acumular mais capital. A primeira delas foi se dividir em dois tickers na Bolsa: o GOLL53 diz respeito aos papéis ordinários e o GOLL54 aos papeis preferenciais. A segunda foi a estratégia de emissão de novas ações para alavancar a situação financeira.

As novas emissões da Gol foram de R$ 1,2 trilhão, com o objetivo de aumentar seu capital em R$ 12 bilhões. Logo, os ativos foram vendidos por R$ 0,01 centavo cada. A cotação do último fechamento, na terça-feira, foi de R$ 0,8.