Histórica

Goldman Sachs: indicador de negociação especulativa atinge máxima

"Nosso Indicador de Negociação Especulativa aumentou drasticamente nos últimos meses", escreveu o banco

Goldman Sachs
Foto: Goldman Sachs / Divulgação

O Goldman Sachs informou, em nota divulgada na sexta-feira (25), que seu Indicador de Negociação Especulativa disparou para níveis históricos, atingindo sua maior leitura fora dos períodos das bolhas da era das pontocom e da pandemia.

“Nosso Indicador de Negociação Especulativa aumentou drasticamente nos últimos meses”, escreveu o banco, destacando que o nível atual é o mais alto já registrado, com exceção dos períodos de 1998 a 2001 e de 2020 a 2021. As informações foram obtidas pelo Investing.

A alta é impulsionada pela “participação elevada nos volumes de negociação de ações sem lucratividade, penny stocks e papéis com múltiplos elevados de EV/vendas”, segundo a nota.

O Goldman também destacou que os papéis mais ativamente negociados incluem várias ações do grupo “Mag 7”, além de empresas de ativos digitais e computação quântica.

De acordo com o banco, o pico nas negociações especulativas reflete “outros sinais de aumento do apetite por risco no mercado de ações“.

Sinais de apetite por risco e o mercado de ações, segundo Goldman

Entre esses sinais estão o salto nos volumes de opções de compra, que recentemente representaram 61% de toda a atividade com opções — a maior participação desde 2021 —, além de um ressurgimento nas emissões de IPOs e SPACs.

Os retornos no primeiro dia de IPO (oferta inicial de ações) também teriam disparado, enquanto US$ 9 bilhões em emissões de SPACs (empresas de aquisição de propósito específico) no segundo trimestre marcaram o trimestre mais movimentado desde o início de 2022.

O banco acrescentou que uma cesta proprietária de ações populares entre investidores de varejo subiu 50% desde abril, reforçando o tom especulativo do mercado.

Riscos e Retornos das Negociações Especulativas

Apesar de essa atividade poder “sinalizar risco de alta no curto prazo para o mercado de ações”, o Goldman Sachs alertou que ela também “aumenta o risco de uma eventual correção”.

Segundo os analistas, historicamente, picos em negociações especulativas precederam fortes retornos do S&P 500 nos horizontes de 3, 6 e 12 meses — mas também retornos abaixo da média no horizonte de dois anos.