Privilégio

Goldman Sachs reforça recomendação de compra em ações da Petrobras (PETR4)

Os analistas destacaram que a Petrobras se beneficia de sua posição estratégica

Petrobras
Petrobras / Foto: Agência Petrobras

Com investidores questionando se a Petrobras (PETR4) deve ajustar os preços dos combustíveis, o Goldman Sachs reforçou a recomendação de compra para as ações da petroleira, com um potencial de valorização superior a 20%, pois entende que preços do petróleo mais elevados tendem a compensar margens baixas num ambiente de preços do diesel estáveis.

Com um dólar mais forte frente ao real e petróleo em alta diante das sanções americanas ao mercado russo, os preços do diesel da Petrobras estariam 17% abaixo da paridade internacional e da gasolina em 10%, as informações foram apuradas pelo portal Investing.

Os analistas destacaram que, apesar dos desafios no setor energético global, a Petrobras se beneficia de sua posição estratégica como uma das maiores produtoras de petróleo e gás da América Latina. Além disso, a empresa tem mantido um compromisso com a disciplina de capital e com a distribuição de dividendos robustos, fatores que atraem investidores.

O Goldman Sachs também apontou para a recente estabilidade no cenário político brasileiro como um elemento positivo para os negócios da estatal. A manutenção de políticas de governança corporativa e o foco em ativos de alta rentabilidade reforçam a confiança no desempenho futuro da empresa.

Expectativas de valorização e dividendos

Com o barril de petróleo Brent cotado acima de US$ 80, a Petrobras tem registrado fluxos de caixa sólidos, possibilitando a continuidade de sua política de pagamento de dividendos atrativos. O Goldman projeta que a empresa pode continuar a apresentar resultados robustos mesmo diante de oscilações no mercado internacional.

A recomendação de compra reflete a visão de que os papéis da Petrobras estão subvalorizados em relação ao seu potencial. A empresa tem priorizado a exploração de ativos no pré-sal, conhecidos por sua alta produtividade e menor custo de extração.

“No geral, mantemos nossa visão de que não ajustar os preços dos combustíveis para cima reduz o potencial de alta dos preços mais altos do petróleo, mas permanece positivo líquido para os lucros, pois as margens upstream melhoram nesse ambiente”, disseram os analistas Bruno Amorim, Guilherme Costa e Guilherme Bosso.