BofA prevê alta de 28% nas ações da Hapvida
Hapvida (HAPV3) / Foto: Divulgação

A Hapvida (HAPV3), maior operadora de planos de saúde e odontológicos do país, registrou lucro líquido ajustado de R$ 338 milhões no terceiro trimestre, alta de 4% em relação ao mesmo período do ano passado.

Apesar do avanço, a companhia teve queima de caixa livre de R$ 51,9 milhões, resultado que, segundo o CEO Jorge Pinheiro, foi pontual e não deve se repetir no próximo trimestre.

“O impacto veio dos investimentos que estamos fazendo na nossa rede. Essa expansão deve gerar retornos positivos. Nosso foco é de longo prazo”, afirmou.

O desempenho foi pressionado por uma leve queda de 2% no Ebitda ajustado, para R$ 746,4 milhões, e por uma redução de 0,8 ponto percentual na margem, que ficou em 9,6%.

A Hapvida tem investido pesado em infraestrutura: são R$ 2 bilhões destinados à construção e ampliação de hospitais e clínicas, com foco em São Paulo e Rio de Janeiro, onde a concorrência é mais acirrada e o crescimento é mais desafiador.

A empresa também reportou consumo de caixa de R$ 25 milhões no trimestre, reflexo principalmente do fluxo de caixa negativo e de R$ 92,3 milhões em aquisições, parcialmente compensados por R$ 119,1 milhões vindos de atividades financeiras.

Entre as principais saídas de caixa estão R$ 136 milhões em pagamentos a fornecedores e contas médicas, R$ 74 milhões em ressarcimentos ao SUS, R$ 81 milhões em contingências cíveis e R$ 225 milhões em investimentos (capex).

Do total investido em aquisições, R$ 51,5 milhões correspondem a parcelas mensais do acordo com o vendedor da NotreDame Intermédica, e R$ 40,8 milhões se referem a pagamentos de aquisições concluídas, como Santa Mônica, Belo Dente e Grupo São Francisco.

A sinistralidade subiu 1,4 ponto percentual, para 75,2%, influenciada pelo aumento de ocorrências médicas. A companhia, no entanto, afirma que a situação começou a se normalizar em novembro.

No trimestre, a base de usuários cresceu 1,4%, somando 16 milhões de beneficiários. O ritmo de expansão segue moderado, com 12 mil novos clientes líquidos.