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Hidrovias do Brasil (Foto: Divulgação)"
A Hidrovias Brasil (HBSA3) acumulava, até quarta-feira (16), uma desvalorização de 35% no ano e 13% desde a divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2024. Já na sessão desta quinta-feira (27), por volta das 16h30 (horário de Brasília), os ativos saltavam aproximadamente 13%.
No final da sessão, os papéis da Hidrovias Brasil (HBSA3) reduziram a alta e fecharam com valorização de 9,04%, a R$ 1,93.
Para a XP Investimentos, dois fatores principais impulsionaram esse movimento, formando o que a casa chamou de “tempestade perfeita”: os resultados abaixo do esperado no período e a confirmação de um avanço no capital previsto para o primeiro trimestre de 2025, o que pode gerar uma diluição para os acionistas.
BBA vê resultado como ‘distante do verdadeiro potencial da empresa’
O balanço financeiro da Hidrovias Brasil veio aquém das expectativas do mercado, impactado pelas restrições de calado que afetaram suas operações no Norte e no Sul. Isso resultou em um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) negativo de R$ 2 milhões — valor que o Itaú BBA considera “distante do verdadeiro potencial da empresa em condições normais”. As informações são do InfoMoney.
Segundo o Itaú BBA, a empresa teve um dos piores anos de navegação em suas principais rotas, o que afetou o transporte de minério de ferro e grãos. No Corredor Sul, os volumes caíram 64% e 51% na comparação anual, respectivamente, o que gerou uma queda de 53% na receita, para R$ 80 milhões. A receita líquida foi negativa em R$ 117 milhões ao considerar os efeitos da contabilidade de hedge.
Já no Corredor Norte, houve contração de 43% no volume total transportado, com recuo nos grãos, mas crescimento de 94% no transporte de fertilizantes. Ainda assim, a receita avançou 6%, somando R$ 81 milhões, beneficiada por tarifas mais altas.