Reduzir custos

HSBC (H1SB34) demite executivos no dia em que iam saber valor do bônus

O HSBC enfrenta pressão para reduzir custos, pois o impulso obtido com o aumento das taxas de juros nos últimos anos começou a se dissipar

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HSBC / Foto: Agência Brasil

O HSBC (H1SB34), sob o comando do CEO Georges Elhedery, está adotando uma abordagem mais rigorosa em relação aos custos. No mês passado, o banco demitiu executivos no mesmo dia em que eles deveriam saber os valores de seus bônus, e muitos desses profissionais não receberam qualquer bonificação.

Segundo a companhia, a medida fez parte de um esforço maior para reduzir custos, com o objetivo de economizar US$ 300 milhões em 2025 e cortar US$ 1,5 bilhão de sua base de custos anual até o final do próximo ano.

A reestruturação do HSBC também envolve o encerramento de suas operações de fusões e aquisições e de mercados de ações na Europa, Reino Unido e Américas, mantendo essas capacidades apenas na Ásia e no Oriente Médio. Essa alteração reflete a estratégia do banco de focar em regiões mais lucrativas e cortar custos em áreas menos rentáveis. A decisão de não pagar bônus aos funcionários demitidos é incomum no setor, onde muitos bancos oferecem remunerações extras, ainda que menores, como parte de programas de reestruturação.

HSBC está sendo pressionado para reduzir custos

O HSBC enfrenta pressão para reduzir custos, pois o impulso obtido com o aumento das taxas de juros nos últimos anos começou a se dissipar. A receita do banco, consideravelmente dependente desse fator, responde por 50% de seu faturamento total. Além disso, o banco está reorganizando suas operações globais, fundindo unidades e eliminando camadas de gestão sênior.

A reestruturação também envolve mudanças na estrutura organizacional, com a criação de divisões geográficas como “mercados orientais” e “mercados ocidentais”. Essas mudanças visam simplificar as operações do banco e melhorar sua eficiência. O pacote de remuneração proposto para Elhedery, que pode chegar a 19,8 milhões de libras caso o preço das ações do banco avance 50%, reflete a pressão para melhorar o desempenho da instituição e elevar o valor de mercado, segundo a revista Veja Negócios.