Balde de água fria

Hypera (HYPE3): ações caem forte após negativa para fusão com EMS

O conselho avaliou que a proposta “subestima significativamente o valor da Hypera”; ações despencaram mais de 6% no início do pregão

Hypera
Foto: Divulgação

As ações da Hypera (HYPE3) recuam nesta quinta-feira (24), após ficar em leilão no início do pregão. Por volta das 11h20 (horário de Brasília), os papéis caíam 1,06%, cotados a R$ 27,03.

Mais cedo, na abertura dos negócios, os papéis da empresa chegaram a despencar 6,02%, cotados a R$ 25,76.

O movimento acontece após a notícia de que o conselho da Hypera (YPE3) recusou a proposta de fusão com a EMS por unanimidade. O conselho avaliou que a proposta “subestima significativamente o valor da Hypera”.

A Hypera também considerou que o portfólio de produtos da EMS, focado em medicamentos genéricos, não está alinhado com os segmentos que a companhia avalia como estratégicos.

Outra justificativa apresentada é que o conselho considera a cultura organizacional e práticas de governança corporativa das duas empresas “absolutamente distintas, sendo a Hypera uma companhia aberta desde 2008, com substancial dispersão acionária, e a EMS uma empresa familiar de capital fechado”.

“A Companhia lamenta que a Proposta lhe tenha sido enviada ao mesmo tempo em que divulgada pela imprensa e ainda com o pregão em curso, e registra que zelará pelos interesses da Companhia e dos seus acionistas, assim como pelo cumprimento das normas aplicáveis ao mercado de valores mobiliários”, afirmou o fato relevante.

“Por fim, a Companhia reforça que a administração segue focada na execução da estratégia de otimização de capital de giro divulgada ao mercado em 18 de outubro de 2024, com enorme potencial de geração de valor para seus acionistas de longo prazo”, concluiu o comunicado da Hypera.

EMS contratou BTG para assessorar fusão com Hypera (HYPE3)

Na proposta enviada à Hypera, segundo o veículo de notícias, a EMS afirmou que realizou análise concorrencial “preliminar” e que não se antecipa necessidade de remédios concorrenciais que impactem a possível transação. 

O BTG Pactual (BPAC11) e Lefosse Advogados foram contratados como assessores financeiro e jurídico. Há meses a farmacêutica de Carlos Sanchez estava discutindo uma combinação de negócios com João Alves de Queiroz Filho, o Júnior, e o grupo de investidores mexicanos reunidos na Maiorem, assessorados pelo BofA (Bank of America).

Porém, segundo o “Pipeline”, não havia uma definição da relação de troca entre as partes. Com tamanhos parecidos, a somatória da metade do faturamento de cada uma das companhias resulta em um montante de R$ 15,9 bilhões. No entanto, a EMS é menos alavancando, com mais caixa, e Ebitda ligeiramente superior.

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